ABI repudia elogios de Mourão a torturador
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) rechaçou as declarações do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra
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247 - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) rechaçou em nota publicada neste domingo (11) as declarações do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Leia a íntegra da nota:
Diante dos elogios do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) se soma às declarações de repúdio da Comissão Arns e de várias outras entidades da sociedade civil
A tortura é reconhecida internacionalmente como crime inafiançável e imprescritível.
No Brasil, Ustra é seu maior símbolo, tendo sido inclusive condenado como torturador pela Justiça.
Não pode ser vista como demonstração de coragem a tortura de um prisioneiro indefeso e imobilizado.
Ao contrário, ela é um ato de extrema covardia.
As Forças Armadas são instituições necessárias a qualquer país soberano.
Não interessa ao Brasil vê-las achincalhadas.
Mas não contribui para que sejam respeitadas seu envolvimento com torturas de presos.
Ao apontar como herói alguém como Ustra, símbolo maior da tortura em nosso país, o general Mourão atenta contra a imagem delas.
“O elogio à tortura ou a um torturador é um atentado à democracia e aos direitos humanos.
Sempre que isso ocorrer, haverá uma manifestação de repúdio por parte da ABI”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Jeronimo.
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