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Advogado denuncia ameaça de morte após deixar defesa de Delgatti por discordar da ida dele à campanha de Bolsonaro

No boletim de ocorrência registrado em Araraquara, Ariovaldo Moreira contou que recebeu mensagens de texto e áudio, com ameaças a ele e sua família. "Estou com medo", disse

Walter Delgatti, Carla Zambelli e Ariovaldo Moreira (Foto: Reprodução/Twitter de Carla Zambelli | Reprodução/TV Globo)
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247 - O advogado Ariovaldo Moreira foi ameaçado de morte após deixar a defesa do hacker Walter Delgatti Neto por discordar da ida dele para a campanha de Jair Bolsonaro, onde teria o papel de questionar a segurança das urnas eletrônicas.

A denúncia das ameaças foi feita pelo próprio advogado, em boletim de ocorrência registrado às 22h14 deste sábado, na delegacia da Polícia Civil de Araraquara, cidade onde o advogado mora. 

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No documento, obtido pelo jornal O Globo, o advogado diz que, após abdicar da defesa de Delgatti, e retornar a Araraquara, “recebeu ameaças de morte envolvendo seus familiares”. O advogado informou ao delegado de plantão que as ameaças aconteceram “após retorno de reunião com autoridades relacionadas ao governo federal em Brasília”.

As ameaças chegaram via mensagens de texto e também por meio de áudios. O destinatário se identificava, no perfil, apenas pelo nome de “morte”. Ao Globo, Ariovaldo disse estar assustado: 

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— Eu nunca fui ameaçado na minha vida. Disseram que vão matar todo mundo — relatou o advogado, que defendeu Delgatti em outros casos, antes mesmo da Operação Spoofing vir à tona.

Delgatti foi responsável por acessar as mensagens arquivadas por Deltan Dallagnol em uma conta do Telegram. Eram conversas de Dallagnol com Sergio Moro e com outros integrantes da Lava Jato, que ocorreram entre 2014 e 2019.

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As mensagens comprovam a ilegalidade dos processos que tramitaram na 13a. Vara Federal de Curitiba, na época comandada por Moro. O juiz agia como verdadeiro chefe da operação, o que quebra o princípio da imparcialidade, sobretudo nos processos contra o ex-presidente Lla.

Identificado como autor da invasão dos arquivos do Telegram, Delgatti permaneceu preso cerca de um ano preso, entre 2019 e 2020, e depois foi submetido a medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica (cujo uso sua defesa conseguiu revogar) e a proibição de usar computadores.

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O advogado disse que Delgatti passa por dificuldades financeiras, o que o tornou alvo frágil dos bolsonaristas. Segundo sua versão, ele deixou a defesa de Delgatti depois que percebeu que o antigo cliente seria usado para campanha contra urnas eletrônicas.

Ariovaldo entende que Delgatti não está habilitado tecnicamente a contestar as urnas, e que sua presença na campanha bolsonarista atenderia a um critério unicamente político.

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A deputada Carla Zambelli, que se aproximou de Delgatti, disse que o advogado queria compensação financeira, o que ele nega. 

O hacker foi levado para um encontro com Bolsonaro, sem o advogado, no Palácio do Alvorada. A ida dele foi devidamente registrada por fotógrafo, o que revela indício de armação, para tentar mostrar a aproximação entre Bolsonaro e Delgatti.

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