Advogados pedem fim da prisão domiciliar do dono da Gol

Fernando Porfírio_247 – A defesa de Nenê Constantino pediu a revogação da prisão domiciliar do empresário. Ele está encarcerado em casa desde março. Os advogados alegam que como terminou a fase de instrução do processo não haveria mais motivo para a custódia do empresário. O Tribunal do Júri de Brasília concluiu esta semana o interrogatório dos acusados no processo em que Nenê Constantino e duas outras pessoas respondem pela tentativa de homicídio do ex-genro do empresário, em 2008. O próximo passo será o juiz do caso anunciar a sentença determinando se eles serão submetidos a júri popular. Os dois outros réus são José Humberto de Oliveira Cruz e Antônio Andrade de Oliveira.

De acordo com a denúncia, em 5 de junho de 2008, por volta das 19h, no Setor de Garagens e Carga de Veículos, José Humberto teria atirado contra Eduardo Queiroz, ex-genro de Constantino. Por erro de pontaria, os disparos teriam atingido apenas o veículo que a vítima dirigia. O crime teria sido encomendado pelo empresário que não se conformava com a ingerência de Eduardo nos negócios da família, sobretudo após ter se separado de sua filha. Constantino também não aceitava a dividir com o ex-genro o patrimônio da Viação Satélite, da qual era fundador.

Antonio Andrade de Oliveira, que na época era sargento da Polícia Militar do DF, é acusado de partícipe, pois teria contratado o autor dos disparos e também ajudado na fuga do criminoso num veículo da PM. Constantino responde ainda a um processo no Tribunal de Júri de Taguatinga, no qual é acusado de ser o mandante do homicídio de Márcio Leonardo de Sousa Brito, ocorrido em outubro de 2001. Segundo a denúncia, esse crime foi motivado pela recusa da vítima em sair de uma invasão, onde morava, instalada ao lado das empresas de Nenê. Outros quatro réus respondem a esse processo.