Agredido por bolsonaristas, presidente da Ubes chama estudantes para as ruas

247 - O presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, foi agredido por deputados bolsonaristas na última quarta-feira (22) na Câmara dos Deputados. Em mensagem, diz que não calarão a voz dos estudantes, aos quais convocou às manifestações de protesto contra o governo de Bolsonaro no dia 30 em todo o país.

A agressão começou quando o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se recusou a ouvir os representantes estudantis, o próprio Pedro Gorki e a presidenta da UNE, Mariana Dias, durante audiência da Comissão de Educação da Câmara. 

Os estudantes foram impedidos à força de falar, por deputados bolsonaristas e agentes da segurança da Câmara, apesar de a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) ter dado a palavra a eles.

"O que aconteceu na última quarta foi um episódio vergonhoso para a democracia e para a educação brasileira. Os mesmos que tentam a todo custo silenciar os estudantes brasileiros (os defensores da Lei da Mordaça) ficaram histéricos diante da abertura pra fala (que já havia sido acordado) de dois jovens, representantes desses estudantes que eles tentam calar", diz Pedro Gorki em mensagem aos estudantes.

"O que aconteceu depois da completa prepotência do Ministro da Educação em não aceitar ouvir a sociedade civil e do desespero dos deputados do PSL (incluindo o líder da bancada) foi a expressão mais brutal da ignorância, da exceção e do fascismo: a violência", destacou o estudante.

"Mas se pensam que diante de tamanho absurdo, que é usar a força física para tentar calar a voz, nós não nos calaremos. Que saibam que a nossa voz continuará ecoando por cada canto desse país", falou o presidente da Ubes".

Pedro Górki encerra sua mensagem destacando que não calarão os estudantes, aos quais chamou às ruas.

A UNE e a Ubes estão organizando, junto às entidades de base do Movimento Estudantil e dos professores, manifestações de protesto contra o governo Bolsonaro, no dia 30 em todo o Brasil.