Ana Estela: a mulher contemporânea considera as ideias de Bolsonaro insuportáveis
A professora da USP Ana Estela Haddad relatou, em entrevista à TV 247, sua trajetória dedicada à vida pública e a de Fernando Haddad, candidato à presidência pelo PT, com quem está casada há 30 anos; avessa ao papel ultrapassado de primeira-dama, ela afirma que "não aceita papeis decorativos", e que seu perfil é "arregaçar as mangas e botar a mão na massa", como já fez em diversos cargos, como na Prefeitura de São Paulo; para ela, a mulher contemporânea "considera as ideias de Bolsonaro insuportáveis"; assista
TV 247 - "Arregaço as mangas e boto a mão na massa, não gosto do papel de primeira-dama decorativa". Com esta frase de empoderamento das mulheres do século 21, Ana Estela Haddad expôs, em entrevista à TV 247, sua trajetória dedicada à vida pública e a de seu esposo, o candidato à presidência Fernando Haddad, com quem já está casada há 30 anos. Durante a conversa, ela cita o elo de confiança estabelecido entre Lula e Haddad, além de apontar o risco da ameaça fascista no País, dizendo que o avanço da mulher contemporânea e independente contradiz com as ideias retrógradas de Bolsonaro.
Ana Estela, que é professora livre-docente da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), possui um extenso currículo acadêmico e profissional, tendo atuado no ministério da Saúde e no ministério da Educação, sendo umas das formuladoras do programa ProUni e trabalhando com a questão da primeira infância na gestão de Hadadd na Prefeitura de São Paulo. "Prezo por atuar diretamente com demandas sociais, não é o meu estilo convites vazios. Eu gosto de arregaçar a manga e trabalhar", expõe.
Lula e Haddad: uma relação de cumplicidade
Relatando a proximidade entre Lula e Haddad, Ana Estela afirma que existir uma relação de muita cumplicidade entre os dois desde o primeiro mandado do ex-presidente, que seguiu firme ao longo dos anos.
Ela diz que a proposta de Haddad ser o candidato de Lula surgiu no fim de 2017, quando Lula o nomeou na elaboração de seu plano de governo. "Ele já estava mergulhado no projeto de eleger o ex-presidente e agora segue empenhado com a tarefa de seguir com sua candidatura", revela.
No último dia 11 de setembro, o 'Dia D' chegou. Em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba, após todas as negativas jurídicas para prosseguir com a candidatura de Lula, Haddad foi oficializado candidato do PT.
Ana Estela classificou o momento como algo emocionante. "Tínhamos que conter as lágrimas, pois estávamos em frente às câmeras, mas sabíamos que Lula estava ouvindo tudo de sua cela, o que tornava tudo mais emocionante", relembra.
Bolsonaro é um risco
Questionada sobre os comentários de Bolsonaro, Ana Estela considera que, para a mulher contemporânea, que avançou em termos de direitos, independência e conscientização, as ideias machistas são insuportáveis. "46% dos lares do Brasil são chefiados por mulheres", lembra.
"Lula, por exemplo, propôs que as mulheres fossem titulares do cartão do Bolsa Família, assim como proprietárias dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Isso é de fato empoderar e respeitar o papel delas", compara.
Ela segue criticando a extrema-direita comparando as atuações de Fernando Haddad, que recebeu diversos prêmios por sua atuação no ministério e frente à Prefeitura de São Paulo, com a de Bolsonaro, que teve aprovado apenas dois Projetos de Lei em 28 anos como deputado federal. "Haddad construiu, em 16 anos de gestão pública, seu legado, qual é mesmo o de Bolsonaro?", questiona Ana Estela.
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