"Antes do sionismo, a Palestina era um dos lugares mais seguros do mundo para o judeu", diz Breno Altman
O antissemitismo não tem a ver com o Islã mas sempre com o cristianismo, explica o diretor do portal Opera Mundi
247 - Em entrevista ao Brasil de Fato, o jornalista Breno Altman fala sobre a perseguição que vem sofrendo por denunciar o massacre praticado em Gaza, onde os bombardeios do exército israelense já mataram 22,3 mil pessoas, entre as quais 9,6 mil crianças e 6,7 mil mulheres.
Breno enfrenta ataques violentos nas redes e uma denúncia da Confederação Israelita do Brasil (Conib) que resultou em abertura de inquérito policial para investigar o jornalista, sob a acusação de racismo.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) solidarizou-se com Altman contra “covardes ataques e ameaças de grupos radicais pró-Israel por conta de seu trabalho jornalístico”. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apontou a ação da Conib como “evidente assédio a um jornalista crítico”, algo “inconcebível no estado democrático de direito”. Além disso, um abaixo-assinado reunindo integrantes da comunidade acadêmica, jornalistas, artistas e intelectuais também apóia Altman e critica a “falsificação histórica grosseira” que interpreta uma posição antissionista como “antissemitismo”.
Altman esteve em Porto Alegre para lançar “Contra o Sionismo: retrato de uma doutrina colonial e racista”, livro em que esmiuça as raízes das ideias que conduzem ao drama das populações submetidas à limpeza étnica, às humilhações e à violência cotidiana.
"Antes do sionismo, a Palestina era um dos lugares do mundo mais seguros para o judeu. Não há histórias de grandes conflitos entre árabes, muçulmanos e judeus na Palestina. Ao contrário, o antissemitismo é um fenômeno que se apoia fundamentalmente sobre o cristianismo e não sobre o islamismo. Atualmente, se deforma isso. É como se existisse uma longa história de perseguição aos judeus por parte dos muçulmanos. É falso", afirma Breno na entrevista.
Confira a integra da entrevista no Brasil de Fato.
