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Após insinuações de Temer, Barroso sai em defesa de Janot

Ministro do Supremo Tribunal Federal disse não acreditar que a denúncia contra Michel Temer tenha sido motivada por dinheiro, como insinuou o peemedebista em seu pronunciamento no Palácio do Planalto; "Aqui no meio jurídico todo mundo sabe quem é quem e ninguém acha que o procurador-geral da República se moveu por interesses pecuniários", afirmou; na terça-feira, Temer insinuou que o ex-procurador da Lava Jato Marcello Miller teria beneficiado Janot com dinheiro da JBS

roberto barroso (Foto: Paulo Emílio)
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso saiu em defesa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao afirmar não acreditar que a denúncia contra Michel Temer tenha sido motivada por dinheiro, como insinuou o peemedebista em seu pronunciamento no Palácio do Planalto, na última terça-feira (27).

Na ocasião, Temer destacou que o ex-procurador da Lava Jato Marcello Miller teria deixado o cargo para trabalhar em um escritório especializado em acordos de leniência e delações premiadas.

"O presidente como qualquer investigado tem direito à presunção de inocência e tem o direito de apresentar a sua defesa e de procurar demonstrar que não praticou aqueles atos ou que os atos não são ilícitos", disse Barroso em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila, na GloboNews. "Embora eu pessoalmente ache que a defesa técnica não inclui desqualificar a honra do acusador. Aqui no meio jurídico todo mundo sabe quem é quem e ninguém acha que o procurador-geral da República se moveu por interesses pecuniários", afirmou.

Em sua avaliação, o impeachment da presidente Dilma Rousseff aconteceu mais por razões políticas do que em razão de denúncias de corrupção. "Olhando pelo retrovisor, penso que se utilizou sobretudo um instrumento parlamentarista para a destituição de um chefe de governo num modelo presidencial. Houve um abalo institucional, mas prometia-se em troca disso as reformas. Aparentemente nós ficamos só com o abalo institucional", destacou. "A destituição de um presidente da República por perda de sustentação política e não por corrupção, por fatos graves, é uma do parlamentarismo e não do presidencialismo", completou.

Para Barroso, o Brasil é hoje um "Estado democrático de direito lutando contra uma República de Bananas, que varria tudo para debaixo do tapete e chancelava um pavoroso pacto oligárquico entre agentes políticos, agentes econômicos e a burocracia".

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