Aras diz que "não é auxiliar" de Bolsonaro e que tem posição nos "limites da lei"
Declaração do procurador-geral da República, Augusto Aras, vem na esteira das acusações de que estaria sendo omisso em relação às atitudes de Jair Bolsonaro, que vem desrespeitando orientações técnicas do próprio Ministério da Saúde em relação à pandemia do novo coronavírus
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247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, negou estar sendo omisso em relação às atitudes de Jair Bolsonaro, que tem contrariado seguidamente as orientações técnicas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde no enfrentamento da pandemia resultante do avanço do novo coronavírus. Segundo Aras, o “procurador-geral da República não é auxiliar do presidente” e que atua sempre “nos limites estritos da lei”.
“O procurador-geral da República não é auxiliar do presidente. O procurador-geral da República é a única autoridade indicada pelo presidente da República, aprovada pelo Senado, que tem biênio com data para começar e para acabar, tem garantias constitucionais e não deve favor do ponto de vista de gratuidades a quem quer que seja, daí porque a minha posição é sempre nos limites estritos da lei”, disse Aras nesta segunda-feira (13) em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes.
Aras disse, ainda, que o avanço da pandemia torna incerta a possibilidade da realização das eleições municipais, que estavam previstas para outubro de outubro. Para Aras, a possibilidade de adiamento do pleito é “coisa grave”. Declaração de Aras vem na esteira da avaliação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de que as eleições sejam transferidas dezembro.
“A Suprema Corte americana na semana passada declarou que as eleições que ocorreriam nos estados deveria ocorrer presencialmente, em meio à epidemia americana. Isso pra demonstrar a força da Constituição em que ementa constitucional pra alterar data de eleição é algo grave. No Brasil enfrentamos a mesma dificuldade. Nós não sabemos se teremos eleição ainda em outubro. Não é por vontade de ninguém, não é por vontade do futuro presidente do TSE, de ninguém, é porque estamos enfrentando uma calamidade pública”, disse Aras.
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