‘As pessoas trans ainda estão lutando para afirmar que existem’, diz Leila Dumaresq
“Apesar de eu ter ‘sexo feminino’ nos meus documentos, nenhum banheiro público se abriu para mim por causa do documento”, disse à TV 247 a filósofa. Assista
247 - A filósofa Leila Dumaresq, em entrevista à TV 247, compartilhou suas reflexões sobre a luta da população trans para simplesmente existir e ser reconhecida.
Leila disse que ainda há um abismo entre o que as leis preveem como direitos a pessoas trans e o que de fato ocorre no cotidiano dessas pessoas.
Ela relatou, por exemplo, já ter alterado em seus documentos, conforme permite a legislação, o campo “sexo” para feminino, mas que isso não significa ser aceita como mulher pela sociedade. “As pessoas trans ainda estão afirmando que existem. Apesar dos avanços, a nossa luta ainda é para existir. Apesar de eu ter ‘sexo feminino’ nos meus documentos, nenhum banheiro público se abriu para mim por causa do documento. Se eu for para um hospital, se eu precisar ser internada, eu não tenho certeza se vão me colocar na ala masculina ou feminina, embora na carteira do SUS tenha que Leila é do sexo feminino. Eu sou uma cidadã brasileira, com direitos e deveres de todas as cidadãs brasileiras, só que o Estado reconhece meus direitos, põe no documento, mas o direito não é efetivado”.
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