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Brasil

As prioridades dos movimentos sociais

O secretário nacional do PT para Movimentos Populares, Ivan Alex, escreve artigo para o 247 onde avalia as prioridades do movimento social em meio ao governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL); segundo ele, diante de tantos retrocessos já anunciados, o ex-presidente Lula deve dar o caráter ideológico da luta de classes nesta disputa; "A continuação das agendas de lutas pela libertação do Presidente Lula é estratégico, somado aos esforços de mobilizações e na luta cotidiana do povo brasileiro, na resistência e nas mobilizações contra a ofensiva neoliberal", diz ele

As prioridades dos movimentos sociais (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 - O secretário nacional do PT para Movimentos Populares, Ivan Alex, escreve artigo para o 247 onde avalia as prioridades do movimento social em meio ao governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL). 

Segundo Alex, diante de tantos retrocessos já anunciados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é mantido como preso político desde abril 2018 e Curitiba, deve dar o caráter ideológico da luta de classes nesta disputa.

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"A continuação das agendas de lutas pela libertação do Presidente Lula é estratégico, somado aos esforços de mobilizações e na luta cotidiana do povo brasileiro, na resistência e nas mobilizações contra a ofensiva neoliberal, antidemocrática e na defesa dos pobres e excluídos. Manter a figura de Lula na polarização contra Bolsonaro em uma clara demonstração de forças é simbólico", diz ele. 

Leia, abaixo, o artigo na íntegra:

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As prioridades dos movimentos sociais

Por Ivan Alex*

Foram mais de 70 assassinatos de lideranças populares no ano de 2018. O que ja sinalizava a política a ser adotada contra os movimentos sociais e populares, sua criminalização. O golpe contra a democracia brasileira aprofunda-se, com a falta de garantias dos direitos constitucionais, insegurança jurídica, no desmonte do Estado e das políticas sociais. O objetivo é impor à força e pela violência o retrocesso antidemocrático, na tentativa de arrefecer a resistência diante da falta de legitimidade e a total ausência de um programa e políticas do novo governo.

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A derrota da esquerda no processo eleitoral foi marcada, de um lado, pelas mentiras, as artimanhas jurídicas-midiáticas e uma facada. Do outro lado, o protagonismo do movimento social e popular na luta incansável contra a brutal ofensiva da ultradireita, pela defesa do direito de organizar e existir diante de um evidente retrocesso civilizatório. Protagonizaram as mulheres, jovens, negros, pessoas LGBTs, quilombolas, indígenas, movimentos sindicais, de intelectuais, de artistas com as ameaças de retrocessos impensáveis até pouco tempo atrás.

Não há espaço e tempo para defensiva diante do autoritarismo e não há garantias de direitos fora da democracia. Por isso, é fundamental que as organizações populares e sindicais retomarem as iniciativas e o protagonismo nas mobilizações antes e durante as eleições. Nesta lógica, a busca incansável da unidade de ação é essencial no processo de defesa dos direitos, inclusive para indicar a necessária unidade política no campo institucional da esquerda brasileira.

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Por falta de uma reação clara das organizações sociais e populares, o novo governo segue no palanque em ofensiva, com seu discurso de ódio. Inaugura nestes primeiros dias, incitando ações criminosas e a impunidade no campo e nas periferias das cidades contra a lideranças e organizações sociais, na tática de construção da figura do inexistente inimigo nacional.

A brutal ofensiva sobre os direitos, exemplos, a exclusão da população LGBT da lista de políticas e diretrizes destinadas à promoção dos Direitos Humanos, o fim da política de segurança alimenta, a transferência das atribuições de identificação, demarcação de terras indígenas e titulação de quilombolas; além do licenciamento ambiental e políticas de reforma agrária geridas pelas mãos do agronegócio. E em seguida virá a reforma trabalhista e da previdência, mantendo o privilegio das elites, aumentando o fosso das injustiças sociais, penalizando os pobres.

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Neste contexto, Lula deve dar o caráter ideológico da luta de classes nesta disputa, como marco de referencia para a sociedade. A continuação das agendas de lutas pela libertação do Presidente Lula é estratégico, somado aos esforços de mobilizações e na luta cotidiana do povo brasileiro, na resistência e nas mobilizações contra a ofensiva neoliberal, antidemocrática e na defesa dos pobres e excluídos. Manter a figura de Lula na polarização contra Bolsonaro em uma clara demonstração de forças é simbólico.

Neste novo contexto, é importante mudar a natureza política dos governos e dos mandatos de esquerda: ao invés de priorizar a luta institucional, articula-la com as mobilizações populares e impulsionar a organização e as lutas do povo; política imprescindível para sustentar e enfrentar as ações de isolamento e as condições estruturais. O nordeste brasileiro poderá ser a uma referência central nessa luta e trincheira desta resistência.

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Priorizando a retomada do diálogo com a população e a organização de massas. Inaugurada pela Frente Brasil Popular, na organização do congresso do povo, deve ser retomada de forma permanente. Debater e conscientizar a população dos prejuízos econômicos e sociais é a base para os enfrentamentos dos problemas reais: a pobreza, a falta de alimento, mordia, violência, saúde e educação.

* Ivan Alex é secretário Nacional do PT de Movimentos Populares 

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