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Às vésperas dos 100 anos de Brizola, familiares e aliados dizem que ele estaria contra o negacionismo e a favor das vacinas

"Não tenho dúvidas de que desde o início ele estaria do lado da ciência, de quem pesquisa, de quem estuda sobre o vírus", disse a neta Juliana Brizola

Leonel Brizola (Foto: Agência Brasil)

247 - Se ainda estivesse vivo, o ex-governador e fundador do PDT,  Leonel de Moura Brizola, faria 100 anos no próximo sábado (22) e familiares e aliados avaliam que ele estaria alinhado à defesa da ciência, das vacinas e se posicionando de forma contrária ao negacionismo de Jair Bolsonaro. 

Brizola é apontado como herdeiro do trabalhismo e teve um papel na Campanha pela Legalidade, em 1961, para garantir a posse de João Goulart, além de ter tentado organizar uma resistência ao golpe militar, em 1964.

“Não tenho dúvidas de que desde o início ele estaria do lado da ciência, de quem pesquisa, de quem estuda sobre o vírus. Estaria lutando muito para diminuir todas as mortes, seria uma voz atuante na defesa do povo brasileiro, como um pai mesmo”, disse a deputada estadual e neta do líder político, Juliana Brizola (PDT-RS), ao jornal Folha de S. Paulo

Para Leonel Brizola Neto (PT), ex-vereador e neto de Brizola, o fundador do PDT “estaria contra as privatizações, defenderia a Petrobrás e as empresas estatais. Nada deixava meu avô mais indignado do que essa conversa sobre a independência do Banco Central. Um estado dentro de outro estado é inconcebível. Ele questionaria esse absurdo do teto de gastos que não existe em país algum e estaria lutando por vacina e comida para todos brasileiros.Estaria com Lula como sempre esteve nas horas mais cruciais da história brasileira. Brizola sempre dizia: "ou nos unimos agora ou seremos degraus para a direita chegar ao poder".

Carlos Brizola (PDT), ex-ministro e ex-deputado, neto de Brizola afirma que se Brizola estivesse vivo, “certamente estaria combatendo o negacionismo, se aconselhando com os especialistas da área de saúde e fazendo uma defesa enfática das suas recomendações sobre distanciamento social e vacina. Seria um grande defensor da saúde pública, dos seus trabalhadores e do Sistema Único de Saúde”.

“Brizola era pragmático, gostava da ciência, do professor, da educação. Ele seguia o caminho dos outros países, da humanidade, jamais se oporia a uma vacinação, por exemplo, jamais negaria a ciência ou deixaria as crianças fora da vacinação, como tentou o Bolsonaro. Ele estaria vendo [o governo Bolsonaro] como uma catástrofe, uma calamidade, não aceitaria o que está acontecendo no país”, destacou Cidinha Campos (PDT), ex-deputada e afilhada política de Brizola.

“Do Brizola, faço a seguinte síntese: um homem que demonstrou com a sua vida e a sua capacidade de luta que o patriotismo não é somente o refúgio dos canalhas.Não tenho a menor dúvida que Brizola não seria um negacionista e estaria à frente de um amplo movimento pela vacinação imediata das crianças”, afirmou o ex-governador e ex-ministro Tarso Genro (PT).

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