Atacante do Palmeiras ignora Bolsonaro na festa do título brasileiro

247 - A presença do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) gerou uma enxurrada de críticas de torcedores do decacampeão Brasileiro. Na festa do título, no domingo (2), ele esteve junto com os jogadores em campo, ergueu a taça e ainda fez a entrega do troféu para o elenco premiado. A reação aconteceu inclusive entre os atletas. O atacante William Bigode recusou-se a apertar a mão do presidente eleito e de receber a medalha de suas mãos.

Durante a entrega das medalhas, Bigode se diferenciou dos demais atletas, todos dando a Bolsonaro um tratamento especial, como o volante Felipe Melo e o técnico Luis Felipe Scollari.

Nas redes sociais, a reação foi imediata: “O protagonismo o Bolsonaro na festa do deca do Palmeiras não condiz com a história do clube formado por imigrantes. Culpa do próprio clube e da CBF”, disse o jornalista da ESPN Roque Marques. “O fato da família dele ter nascido na Itália não muda nada, pelo contrário, torna ainda mais lamentável a postura dele com imigrantes – que ele chamou de escória”.

Para o torcedor Gabriel Santoro, muitos na torcida dizem que não se deveria misturar o esporte com política, e que estes hoje "aplaudem histéricos um político oportunista virar o centro das atenções de um título que era somente nosso, a cena é deprimente e vergonhosa, jogadores e torcida jogados em 2º plano para dar holofotes a um pilantra", disse.

"O Palmeiras foi formado por imigrantes, dar as honras do título a um deputado que disse que “imigrante é a escória do mundo” é de uma insanidade absurda. Foi disparado o pior momento que vivi do Palmeiras, uma mancha brutal em nossa história, tenho vergonha da foto deste título", complementa o torcedor.