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Brasil

Ataque a tiros deixa uma criança morta e ao menos cinco feridos em aldeia ianomâmi

Região é próxima das áreas de fronteira, onde ainda estão ativos os últimos garimpos dentro do Território Indígena Ianomâmi

Indígenas ianomâmis acompanham operação do Ibama na floresta amazônica (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
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247 - Um ataque a tiros na aldeia Parima nest, localizada na Terra Indógena Ianomâmi em Roraima, resultou na morte de uma criança e outras cinco pessoas feridas, algumas em estado grave. A aldeia abriga uma base de apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena ( Sesai), que prestou assistência aos feridos. Segundo a Folha de S. Paulo, agentes da Polícia Federal, servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), da Força Nacional, da Força Nacional de Saúde Pública e militares foram mobilizados para o local.

O ataque desta terça-feira (4) não é o primeiro registrado desde o início das ações para eliminar a presença de garimpos ilegais na Terra Indígena Ianomâmi. As medidas começaram após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao local e a declaração de estado de emergência sanitária na região pelo Ministério da Saúde.

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No início deste ano, equipes de saúde que estiveram na região encontraram as bases da Sesai em situação precária, sem medicamentos nem alimentos, deterioradas, com presença de fezes e altos índices de desnutrição e malária entre os indígenas. Essa situação era uma consequência direta da exploração ilegal de ouro no território.

O garimpo ilegal na região quase triplicou em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL) em comparação com 2020, quando a Polícia Federal começou a monitorar a região. Segundo a PF, em 2020, o garimpo ocupava 14 km² do território; em 2021, passou para 23,7 km²; e em 2022, para 41,8 km². Houve um crescimento de 76% em um ano e de 198% desde o início do monitoramento.

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O governo de Jair Bolsonaro (PL) incentivou essa atividade, negligenciando as agências e órgãos de proteção e combate à exploração ilegal, chegando até a propor um projeto de lei para regulamentar o garimpo em territórios indígenas.

As ações de repressão têm sido lideradas principalmente pela Polícia Federal (PF) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais e Renováveis), com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Força Nacional. Durante mais de um mês, não foram registrados ataques ou confrontos no território Yanomami. Agora, o número total de mortos desde o início das ações para eliminar a presença ilegal chega a 15.

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Ainda segundo a reportagem, o motivo do novo ataque é desconhecido, mas há relatos de que na semana passada houve uma operação contra o garimpo ilegal na região. Também existem denúncias de que a aldeia de Parima possui disputas históricas com outras comunidades da área. A aldeia está localizada próxima ao batalhão de fronteira de Surucucu do Exército e da fronteira com a Venezuela. É uma região mais próxima das áreas de fronteira, onde ainda estão ativos os últimos garimpos dentro do território ianomâmi.

Neste mês, o governo Lula publicou um decreto autorizando as Forças Armadas a atuarem no combate às atividades ilícitas. Até então, os militares forneciam ajuda humanitária, distribuindo cestas básicas e suprimentos como medicamentos e combustível, fornecendo apoio logístico, transporte de tropas e planejamento, além de fornecer dados de inteligência sobre as atividades ilegais.

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