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Bernardo Bello é preso na Colômbia, acusado de matar um do chefes do jogo do bicho no Rio em 2020

De acordo com as investigações, o crime teve o ex-presidente da Unidos de Vila Isabel como mandante e foi motivado pela disputa de pontos de contravenção no Rio

Bernardo Bello é preso na Colômbia, acusado de matar um do chefes do jogo do bicho no Rio em 2020 (Foto: Divulgação)

Agência Brasil com 247 - Foi preso na noite de ontem (28) em Bogotá, na Colômbia, o contraventor Bernardo Bello, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) como mandante do assassinato de Alcebíades Paes Garcia, vulgo Bid, que era rival de Bello na disputa por pontos do jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis na zona sul e em parte da zona norte do Rio de Janeiro.

O crime ocorreu na madrugada de 25 de fevereiro de 2020, na Barra da Tijuca, quando a vítima retornava do desfile de carnaval na Marques de Sapucaí. Bid foi morto a tiros ao sair de uma van cheia de passageiros, na porta de um condomínio na Rua Jornalista Henrique Cordeiro.

A prisão de Bello envolveu o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), a Delegacia de Homicídios da Capital da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, a Interpol brasileira e a Interpol colombiana. O mandado de prisão foi emitido pela Juíza de Direito Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital.

De acordo com o MPRJ, Bernardo Bello é um dos principais contraventores do Rio de Janeiro. Também tiveram a prisão preventiva decretada pela morte de Bid os irmãos Leonardo (vulgo Mad) e Leandro (vulgo Tonhão) Gouvêa da Silva, que seriam integrantes do Escritório do Crime e já se encontram presos. Eles são apontados pelo MPRJ como responsáveis por intensa vigilância e monitoramento da vítima pelo menos desde setembro de 2019.

Também foram presos hoje (29) Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral, seguranças contratados por Alcebíades para a ida ao sambódromo. Eles foram denunciados pelo fornecimento de informações e localização da vítima e abandono do posto de vigilância.

Outro denunciado, Wagner Dantas Alegre, segurança de Bernardo Bello, é apontado como autor dos disparos de fuzil calibre 5,56 que alvejaram a vítima. O mandado de prisão de Wagner segue em aberto.

O MPRJ aponta que o crime foi praticado por motivo torpe, de modo a resultar perigo comum e mediante dissimulação, uma vez que dois denunciados lograram ser contratados como seguranças para integrar a escolta de Bid. Além de emboscada sem chance de defesa.

Defesa de Bernardo Bello 

O advogado Fernando Augusto Fernandes, que defende Bernardo Bello, disse em nota que nem ele, familiares ou advogados conseguiram até por volta de 15h30 deste sábado, acesso a decisão que determinou a sua prisão. "Diante disso, há claro ferimento ao Pacto de São Jose da Costa Rica, nos artigos 7 e 8, além do art. 5 LXI e LXIII da Constituição Federal”, disse Fernandes.