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Bolsonaro ataca Doria, diz que não vai pagar vacina e ameaça privatizar o SUS

Em live transmitida pelas redes sociais nesta quinta-feira à noite, Bolsonaro volta a atacar o governador de São Paulo e diz que não vai pagar a vacina que o Instituto Butantan está produzindo em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O presidente ameaçou privatizar o Sistema Único de Saúde

João Doria, CoronaVac e Jair Bolsonaro (Foto: GOVSP | Reuters | PR)
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247 - Em mais um ataque ao governador de São Paulo, João Doria, Jair Bolsonaro critica a obrigatoriedade da vacina contra Covid-19, diz que não paga o imunizante produzido em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac e ameaça privatizar o SUS. As declarações foram feitas durante live transmitida pelas redes sociais nesta quinta-feira (29).

"Então, querido governador de São Paulo, você sabe que sou apaixonado por você, sabe disso. Poxa, fica difícil, né? E outra coisa: ninguém vai tomar tua vacina na marra, não, tá ok? Procura outra. E eu, que sou governo, não vai comprar sua vacina também não. Procura outro pra pagar sua vacina", disse Bolsonaro. 

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O governador de São Paulo, João Doria tinha afirmado anteriormente que a vacinação contra o novo coronavírus em São Paulo será obrigatória, exceto para pessoas que apresentem alguma restrição avalizada por um médico. 

Bolsonaro se opõe à vacinação obrigatória e por razões políticas . Doria é considerado pelo Palácio do Planalto um potencial adversário nas eleições de 2022. O presidente se mostra contrário ao financiamento da produção da vacina pelo governo de São Paulo com a China. 

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Doria considera criminosa a atitude de Bolsonaro de negar o acesso a qualquer vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra a Covid-19.

Durante a live Bolsonaro ameaçou privatizar o SUS, reeditando na próxima semana o decreto revogado na quarta-feira (28) que colocava UBS (unidades básicas de saúde) no escopo de interesse do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), aponta reportagem do jornalista Daniel Carvalho na Folha de S.Paulo.

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"Revoguei o decreto, fiz uma nota explicando o que era esse decreto, dizendo que nos próximos dias poderia reeditar o decreto, o que deve acontecer na semana que vem", disse o presidente.

Bolsonaro revogou o decreto na tarde de quarta após intensa oposição de parlamentares e entidades ligadas à área de saúde. O decreto colocava a atenção primária —porta de entrada do SUS— na mira do programa de concessões e privatizações do governo. 

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Em vídeo divulgado na terça-feira, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, disse que a medida é uma privatização dos postos de saúde. Avaliação semelhante sobre os riscos da medida é apontada por Ricardo Heinzelmann, da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade), que reúne médicos que atuam na atenção básica.

O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) também saiu em defesa da revogação do decreto e disse que decisões relativas à gestão do SUS não podem ser tomadas de forma unilateral. 

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