CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Bolsonaro é corresponsável por sumiço de Bruno e Dom, afirma missionário do Cimi

Para missionário que atua na Amazônia, discurso e ações de Bolsonaro estimulam o desrespeito aos direitos indígenas e a quem os defendem

Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: Reprodução)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Rede Brasil Atual - Os desaparecimentos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips tem a corresponsabilidade de Jair Bolsonaro. A avaliação é de Guenter Francisco Loebens, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Norte I, com atuação nos estados do Amazonas e Roraima. O missionário, conhecido como Chico do Cimi, disse à RBA que o presidente estimula o “agir impunemente” de invasores, garimpeiros, desmatadores, grileiros e outros criminosos.

“Trata-se de uma política mais ampla sinalizada por Jair Bolsonaro. Além de integralista, que ‘índio é coisa do passado, tem de ser gente’, estimula todo tipo de invasão para o esbulho dos territórios indígenas. E ainda enfraqueceu os órgãos de fiscalização e a própria Funai. Colocou no comando pessoas sem qualificação, que agem contra os direitos dos povos indígenas. Há pelo menos 15 diferentes povos indígenas isolados, vítimas de pescadores, caçadores, madeireiros”, afirmou Chico, que atua com povos isolados.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Para o missionário, “a agonia vai substituindo a esperança de encontrar com vida Bruno Pereira e Dom Phillips”, desaparecidos desde o último dia 5. “As evidências vão surgindo”, disse Chico. A começar pelo suspeito preso no último dia 7, o pescador Amarildo da Costa Oliveira. Segundo testemunhas, o suspeito tem histórico de ameaças a Bruno e também poderia ser autor de ataques a servidores da Funai e à terra indígena do Vale do Javari.

A boiada e o sumiço de Bruno e Dom

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O missionário considerou ainda “lamentável” o episódio desta segunda-feira (13), em que a Globo divulgou, sem confirmação, que os corpos dos desaparecidos foram encontrados. “Não se sabe como a informação chegou ou se a Polícia Federal tem alguma razão para demorar a confirmar.”

Ele criticou ainda a demonstração de desinteresse do governo pelo caso, lembrando que Bolsonaro chegou a culpar as vítimas por seguir “uma aventura não recomendável”. O missionário contestou ainda o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, disse que Bruno não tinha autorização para entrar na Terra Indígena Vale do Javari. Inclusive, Xavier defendeu que a Polícia Federal abrisse inquérito contra o indigenista.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O missionário observa que “a boiada começou a passar com força”, mas espera que a repercussão internacional do sumiço de Bruno e Dom ajude a frear a “política genocida e anti-indígena do governo”. E que o caso some-se a outros, reforçando processos contra o presidente e seu governo em órgãos internacionais. Ou seja, Organização dos Estados Americanos, Nações Unidas e Tribunal Penal Internacional de Haia, onde tramitam ações.

“Isso reforça a necessidade da apuração desse sistemático estímulo aos que estão atacando os direitos dos indígenas e de quem os defendem. E também de que reforce a pressão sobre o próprio governo. E que tome as medidas necessárias”, disse Chico do Cimi.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO