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'Bolsonaro entende que direitos humanos são para seus aliados e nada mais', diz ex-secretário dos Direitos Humanos

“Não há mais defesa da liberdade, bem-estar social e da diversidade. Agora, o governo entende que direitos humanos são para seus aliados e nada mais”, diz o ex-secretário especial de Direitos Humanos Rogério Sottili

Rogério Sottili e Jair Bolsonaro (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil | Isac Nóbrega/PR)
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Rede Brasil Atual - O governo Bolsonaro é uma ameaça constante aos direitos humanos e simboliza a destruição das conquistas da redemocratização do Brasil. A avaliação é do ex-secretário especial de Direitos Humanos (2015-2016) Rogério Sottili. Na última sexta-feira (1º), ex-titulares da pasta lançaram um manifesto contra o desmonte da atual gestão em relação às políticas públicas da área.

Para Sottili, hoje diretor do Instituto Vladimir Herzog, a mensagem mais importante do documento é de que há um compromisso majoritário pela democracia, independentemente do lado político. “Estamos num momento triste. O simbolismo desse manifesto expressa que a democracia é um valor máximo dos direitos humanos e, desde o golpe contra Dilma, estamos vivendo sob graves ameaças às políticas públicas”, lamentou, em entrevista a Marilu Cabañas, no Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (4).

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O governo Bolsonaro não acabou com a pasta de Direitos Humanos, mas subverteu sua lógica, com os direitos deixando de ser para todos, segundo o ex-ministro. “Não há mais defesa da liberdade, bem-estar social e da diversidade. Agora, o governo entende que direitos humanos são para seus aliados e nada mais”, criticou.

Políticas afetadas

 O manifesto uniu os ex-ministros José Gregori (1997-2000); Gilberto Vergne Saboia (2000-2001); Paulo Sérgio Pinheiro (2001-2003); Nilmário Miranda (2003-2005); Mário Mamede Filho (2005-2006); Paulo de Tarso Vannuchi (2006-2011); Maria do Rosário (2011-2014); Ideli Salvatti (2014-2015); Pepe Vargas (2015-2015); Nilma Lino Gomes (2015-2016) e Rogério Sottili (2015-2016).

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Sottili destacou que Bolsonaro é uma grave ameaça aos direitos humanos desde a época em que era deputado federal. “Ele homenageou torturadores e, após eleito presidente, acabou com os mecanismos de combate à tortura. Hoje, os conselheiros não têm mais estrutura. A Comissão Nacional da Verdade enviou um grande relatório com recomendações, mas todas foram ignoradas. 

“Ele (Bolsonaro) já tem vários crimes de responsabilidade, como as ameaças feitas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Congresso está comprado para impedir o processo também. Então, isso tudo é um golpe. Não acho que seja mais uma ameaça, e sim um golpe concreto”, finalizou.

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