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Bolsonaro incorporou a seu acervo pessoal relógio cravejado de diamantes e esculturas de ouro e prata; PF investiga

Gabinete de Documentação Histórica da Presidência não registrou os valores dos objetos. Todos estavam guardados na casa de Nelson Piquet

Jair Bolsonaro e esculturas de ouro (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Reprodução)
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247 - A Polícia Federal voltou a direcionar sua atenção para os 'presentes' recebidos por Jair Bolsonaro (PL) ao longo do seu mandato à frente do Executivo Federal. Além das joias da Arábia Saudita que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, ao menos outras cinco peças valiosas foram adicionadas ao acervo pessoal de Bolsonaro e estão sendo investigados. Entre os itens estão um relógio de mesa decorado com diamantes, esmeraldas e rubis, além de três esculturas, sendo uma delas confeccionada em ouro, prata e diamantes, e um incensário de madeira dourada. 

Os objetos foram dados a Bolsonaro em duas ocasiões distintas durante suas viagens aos Emirados Árabes, uma em novembro de 2021 e outra em outubro de 2019. Os valores desses itens não foram registrados pela Presidência da República.

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Segundo o jornal O Globo, um dos itens sob análise da PF é um relógio de mesa dado pelo príncipe dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed Al Nahyan. Segundo a descrição fornecida pelo Gabinete de Documentação Histórica da Presidência, esse objeto tem 61 centímetros de altura e é "feito de prata de lei com banho de ouro, cravejado com diamantes, esmeraldas e rubis". Além disso, possui um "domo adornado com arabescos em prata e ouro", representando o edifício Qasr Al Watan em Abu Dhabi. As bases são compostas por "elementos fitomórficos (em formato de plantas) dourados cravejados com diamantes, rubis e esmeraldas, com um fundo esmaltado em verde".

Durante a mesma viagem aos Emirados Árabes Unidos, Bolsonaro também recebeu do vice-ministro Mansour Bin Zayed Al Nahyan uma escultura de 25 centímetros esculpida em aço, prata, ouro e diamantes, retratando figuras de animais. A peça apresenta "árvores em prata e ouro e, em seu interior, representações de gazelas, órix, cavalos, bodes, cabras e flamingos em prata entre palmeiras". Na base, há a representação de peixes, golfinhos e tartarugas. E, na parte inferior, a peça mais valiosa — "uma bandeira dos Emirados Árabes Unidos, em suas cores, cercada por diamantes", conforme um documento do Gabinete de Documentação. 

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Ainda conforme a reportagem, o relógio e a escultura foram recebidos por Bolsonaro durante uma viagem oficial à Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, realizada de 12 a 18 de novembro de 2021. Na ocasião, o então mandatário também visitou Dubai, além de Manama, no Bahrein, e Doha, no Catar. O objetivo dessa viagem ao Oriente Médio era fortalecer os laços comerciais e atrair investimentos para o Brasil. 

Os demais itens que entraram na mira da PF foram entregues em 2019 pela embaixada dos Emirados Árabes no Brasil e por autoridades durante uma viagem de Bolsonaro a Abu Dhabi. Um deles é uma escultura de um navio antigo com 54 centímetros de comprimento, feita de metal. O segundo item retrata um falcão sobre um pedestal de 120 centímetros de altura, composto por madeira e metal. Também há um incensário de 20 centímetros feito de "metal prateado e dourado".

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Todas as peças foram localizadas na propriedade do bolsonarista e ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, localizada em uma área nobre de Brasília. A fazenda fica a menos de 100 metros da entrada do condomínio onde Bolsonaro reside atualmente. No final do ano passado, a equipe de Bolsonaro enviou 175 caixas contendo mais de nove mil presentes recebidos ao longo de seus quatro anos de mandato para a Fazenda Piquet. 

A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade. 

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