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“Bolsonaro não merece crédito algum. Ele apenas ganhou tempo para o próximo ataque”, diz Celso Amorim

O ex-chanceler avaliou que a carta de recuo de Bolsonaro não deve ser levada a sério, pois, apesar de seu isolamento, ele age de maneira imprevisível. No entanto, seu enfraquecimento é nítido, de maneira que afasta a possibilidade de um golpe bolsonarista. Assista na TV 247

Celso Amorim e Jair Bolsonaro (Foto: Brasil247 | ABr)
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247 - O ex-chanceler e ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou que a nota de Jair Bolsonaro em que o chefe de governo recua das ameaças feitas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve ser vista como um sinal de que ele tenha abandonou o projeto golpista. A imprevisibilidade de Bolsonaro, no entanto, não deve se concretizar em um golpe, avaliou Amorim.

Seguidores de Jair Bolsonaro ficaram indignados com a publicação da nota, redigida pelo ex-presidente Michel Temer. Muitos ameaçaram abandonar a base de apoio do chefe de governo.

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“A palavra dele não merece crédito algum. Agora, ele ganhou tempo. O Bolsonaro age na base do instinto em grande medida. Dessa vez ele surpreendeu um pouquinho, chamando o Temer, mas, de qualquer maneira, o instinto dele é um instinto de sobrevivência. Ele já sabia que ele perdeu força com os elementos mais aguerridos do movimento dele. Eles não vão entrar facilmente em outra aventura. Não é que ele tenha abandonado e que ele vá cumprir com sua palavra, é que ele efetivamente se enfraqueceu”, disse o embaixador. 

Amorim questionou, ainda, os motivos pelos quais as ameaças de Bolsonaro não se concretizaram. “Ele vive muito na base da ameaça, e essa ameaça, sobretudo com o que estava ocorrendo no dia 6 à noite, assustou. Por que ela não se concretizou? Por que a polícia se comportou bem no dia seguinte? Essa é a questão mais importante. A polícia se comportou bem porque ela percebeu? Houve uma ameaça de GLO (Garantia de Lei e Ordem) a pedido do Fux? E uma atitude das Forças Armadas que não dava margem a um golpe do tipo que o Bolsonaro e os bolsonaristas haviam pensado? Ou era tudo uma farsa? Eu tendo a crer mais na primeira hipótese, porque é difícil imaginar que isso tudo fosse uma farsa da qual ele sai humilhado”, avaliou.

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Para ele, o isolamento de Bolsonaro afasta as possibilidades de um golpe conduzido por ele. No entanto, a tutela militar permanece ameaçadora, alertou: “Não quer dizer que ele não vá tentar alguma outra coisa. Vai tentar. Já vimos ele várias vezes saindo enfraquecido e sempre tentando outra coisa. Mas acredito que se houver alguma coisa agora, só pode ser com uma clara tutela militar. Não com ele dizendo o que ele quer dos militares, mas com os militares dizendo o que eles querem dele”. 

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