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Brasil

Bolsonaro, que desmontou a Petrobrás, ataca o PT pelo preço alto dos combustíveis e agora diz que Brasil precisa de refinarias

O governo Bolsonaro é responsável por mais da metade das privatizações da Petrobrás, vendida em fatias desde o governo Temer

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)
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247 - Em evento no Santuário São Miguel Arcanjo, em Bandeirantes, no Paraná, neste sábado (9), Jair Bolsonaro (PL) mentiu ao atribuir ao PT a culpa pelo alto preço dos combustíveis no Brasil.

Ele, que defendeu por mais de uma vez a privatização da Petrobrás, agora muda o discurso e afirma que o Brasil precisa aumentar sua capacidade de refino e passar da condição de importador para exportador de derivados de petróleo. Bolsonaro repete o discurso do ex-presidente Lula (PT), que defende o fortalecimento da Petrobrás como motor do desenvolvimento brasileiro.

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>>> Do total de ativos privatizados da Petrobrás, Bolsonaro vendeu 56%

Bolsonaro, no entanto, mente ao dizer que o PT se desfez das refinarias brasileiras enquanto estava no poder. Em 2021, Bolsonaro vendeu a primeira refinaria da Petrobrás, a Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, por R$ 10 bilhões. Neste ano também foram negociados a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, no Amazonas, e seus ativos logísticos associados por R$ 1 bilhão, além da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), por R$ 183 milhões.

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Desde que assumiu a Presidência em 2019, Bolsonaro tem trabalhado para desmontar a Petrobrás. Desde pouco antes do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) até agora já foram vendidos 64 ativos e participações acionárias da Petrobrás, somando R$ 243,7 bilhões. Mais da metade das privatizações aconteceu no governo Bolsonaro, com a negociação de R$ 138,2 bilhões, o equivalente a 56,7% do valor total. O primeiro ano de seu mandato, em 2019, registrou o maior valor de vendas anual de todo período, contabilizando R$ 74,7 bilhões, o que representa 30,6% do acumulado. 

À TvPT, o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, explicou que a política adotada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e mantida por Bolsonaro fez o Brasil produzir cada vez menos combustível em suas próprias refinarias e depender cada vez mais das importações. "Nos últimos anos, a Petrobras reduziu o uso de suas refinarias e abriu espaço para novos importadores de gasolina, diesel, querosene de aviação e gás de cozinha. Hoje, temos quase 400 importadores funcionando no Brasil, que importa um quarto da gasolina, quase um terço do gás de cozinha e um quinto do diesel. Ao fazer essas importações, você passa a depender fortemente dos preços internacionais”.

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Gabrielli ainda destacou que nos governos Lula e Dilma, a política adotada  era de integração da Petrobrás. Ou seja, ela que extraía petróleo e gás, fabricava combustíveis e gás de cozinha e vendia esses produtos. Desta forma, era possível fazer uma compensação dos preços, sem repassar toda variação do mercado internacional para os consumidores brasileiros. “A lógica que se adotava naquela época era a de uma empresa integrada de energia, que era capaz de administrar (os preços). Ora os preços do petróleo sobem muito e a margem do refino diminui, ora os preços do petróleo caem e a margem do refino aumenta. Quando você está integrado nas duas pontas, você consegue estabilizar a receita ao longo do tempo. Isso é o que as grandes empresas de petróleo fazem, mas a Petrobras está indo na direção inversa. Está desintegrando a empresa e se tornando cada vez mais submetida às variações dos preços internacionais”.

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