HOME > Brasil

Bolsonaro usa Secom para fazer campanha contra adiamento do Enem

De acordo com a Secom, manter as datas previstas para a realização dos testes do Enem mesmo em meio à pandemia é “ir em frente sem deixar ninguém para trás”. Manutenção do calendário, porém, é criticada pelos movimentos estudantis e por entidades da sociedade civil

Bolsonaro usa Secom para fazer campanha contra adiamento do Enem

Luisa Fragão, Revista Fórum - O governo de Jair Bolsonaro utilizou o perfil da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) no Twitter para fazer campanha contra o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em meio à pandemia do coronavírus. Apesar de Bolsonaro já ter admitido que a prova poderia ser adiada, a Secom listou quatro motivos para a prova ser realizada na data prevista.

De acordo com a secretaria, a realização da prova é uma questão de liberdade e objetivo de manter as datas previstas é “ir em frente sem deixar ninguém para trás”.

A Secom argumenta que há condições para a realização da prova, pois 98,6% dos candidatos que pediram isenção de taxa de inscrição têm celular e 75% têm internet em casa. No entanto, uma parte significante dos estudantes (25%) deste grupo não teriam condições de estudar on-line, como tem defendido outras propagandas do Ministério da Educação, e poderiam ser prejudicados.

“Mais de 60% dos candidatos já concluíram o Ensino Médio e estão tentando novamente ingressar em uma universidade pública. Além disso, o adiamento do Enem vai se refletir em questões como Prouni e FIES. Em ambos os casos, quem perderá serão milhões de estudantes brasileiros”, escreveu a secretaria.

Leia a íntegra na Fórum.