HOME > Brasil

Bolsonaro vai ao Amazonas ‘reinaugurar’ ponte de 18 metros; PT relaciona a garimpeiros

Em nota publicada em seu site, o PT questiona o evento. “Difícil afirmar que esse ato do presidente seja pautado pelas boas práticas de gestão do dinheiro público e interesse social”. Segundo o partido, tem a ver com a exploração do Nióbio, “motivo de fixação”

Bolsonaro vai ao Amazonas ‘reinaugurar’ ponte de 18 metros; PT relaciona a garimpeiros (Foto: Divulgação | ABr)

247 - Jair Bolsonaro “reinaugurou” a ponte Rodrigo e Cibele entre o município de São Gabriel da Cachoeira e a comunidade indígena Balaio, no estado do Amazonas, na fronteira com a Venezuela e a Colômbia. Ele viajou cerca de 2.800 km para reinaugurar ponte de 18 metros, o que gerou suspeitas.

A pequena ponte de madeira de 18 metros de cumprimento, sobre o igarapé Yá-Mirim, foi entregue pelo Exército em 2 de março deste ano.

Em nota publicada em seu site, o PT questiona o evento. “Difícil afirmar que esse ato do presidente seja pautado pelas boas práticas de gestão do dinheiro público e interesse social. A ponte fica a 2 km do Morro de Seis Lagos, a maior reserva de nióbio do planeta, estimada em 2,9 bilhões de toneladas. O minério, motivo de fixação em sua campanha eleitoral, foi esquecido durante o governo de Bolsonaro”.

“A informação oficial é que a ponte foi reformada para ajudar comunidades indígenas, mas na prática vai facilitar e até incentivar atividades ilegais de mineradoras e garimpeiros para ‘escoar a produção’”, denuncia o partido. 

“Por se tratar de região com altos índices pluviométricos, em plena floresta amazônica, somente veículos com tração 4×4 conseguiam circular pela rodovia BR-307 (de terra e com inúmeros atoleiros). O percurso de 20 km levava até três horas. O Exército também reformou alguns quilômetros desta pista que liga São Gabriel da Cachoeira a comunidades da Terra Indígena Balaio”, explica.

O governo Bolsonaro, assim como as Forças Armadas, defende os garimpeiros e suas ações contra os indígenas.

“Nesta quarta-feira, 26, equipes da Polícia Federal e demais órgãos de segurança acionados para combater garimpos clandestinos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, no município de Jacareacanga, no Pará, foram surpreendidas por protesto violento de garimpeiros”, lembrou o PT.

“O conflito deixou ao menos dez feridos e foi preciso o uso de força para dispersar o grupo que tentou invadir a base e destruir equipamentos. Em represália, os garimpeiros disparam tiros e atearam fogo em casas, como a da líder munduruku Maria Leusa, na aldeia Fazenda Tapajós”, reforçou.

Inscreva-se no canal Cortes 247 e saiba mais: