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Brasil 247 em Paris: resgate de corpo de vítima do voo 447 desperta controvérsias

H famlias contrrias retirada dos corpos; no Brasil, justia aumenta indenizao

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Roberta Namour _ correspondente Brasil 247 em Paris - O anuncio é oficial. Depois de uma tentativa frustrada, a operação destinada a resgatar os corpos dos passageiros do vôo Rio-Paris da Air France finalizou a primeira subida à superfície de um cadáver na manhã desta quinta-feira.  Até então, os investigadores se mostravam prudentes quanto a possibilidade de realizar tal manobra. A duração da imersão dos corpos das vítimas e a profundidade que se encontram eram vistas como os principais obstáculos. O avião caiu no oceano Atlântico em junho de 2009 e a fuselagem foi encontrada a 3,9 mil metros da superfície.

Na França, a operação ainda gera controvérsias. Algumas famílias são contrárias a retirada dos corpos do fundo do mar. Já os familiares brasileiros indicaram o desejo de resgatar todos os cadáveres encontrados. "As vítimas devem ser resgatadas, não importa o estado em que se encontrarem", declarou na tarde de ontem o presidente da Associação de vítimas brasileiras, Nelson Faria Marinho.

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As razões do acidente do Airbus 330, que custou a vida de 228 pessoas, poderão ser reveladas após a análise das duas caixas-pretas resgatadas há poucos dias. Os destroços do avião localizados no início de abril também podem guiar as investigações. As famílias brasileiras, no entanto, não estão de acordo com a análise do material na França. Os advogados das vítimas questionam a independência do Escritório de Investigações e Análises (BEA), mantido pelo governo francês. A República Francesa é um das acionistas das principais empresas implicadas no caso : a Air France e a Airbus - que recentemente foram indiciadas por homicídio involuntário. 

No Brasil, a Justiça decidiu aumentar o valor das indenizações para os familiares de uma das vítimas do voo de 31 de maio de 2009, em que 228 pessoas morreram. No julgamento do primeiro recurso referente ao acidente, a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio negou o pedido da companhia francesa de, por meio da aplicação do Tratado de Montreal, limitar o valor pago em 300 mil euros.

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Os desembargadores analisaram dois recursos: um da Air France e outro dos pais e avós de Luciana Clarkson Seba, vítima do acidente. Segundo o advogado dos familiares, João Tancredo, as indenizações para os pais, Osvaldo Bulos Seba e Laís Clarkson Seba, foram aumentadas de R$ 510 mil para R$ 600 mil, cada. O valor a ser pago aos avós passou de R$ 102 mil para 200 mil, cada. A decisão também manteve a pensão vitalícia paga mensalmente à mãe, de R$ 5 mil.

Por ainda caber recurso, a Justiça não estipulou um prazo para que a companhia pague as indenizações. O advogado justificou a ação movida por danos morais: "Luciana era filha e neta única, o que já é uma coisa muito grave já que, com o acidente, a família foi aniquilada, não existe mais a possibilidade de descendentes". Segundo Tancredo, quase dois anos depois da queda do avião, pais e avós continuam muito abalados com a perda.

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O advogado representa os familiares de 14 vítimas do acidente. Além da família de Luciana, outras sete foram beneficiadas por decisões semelhantes com a obtenção de pensões e indenizações. A Air France recorreu de todas, no entanto os recursos ainda não foram julgados. As seis famílias restantes ainda aguardam as sentenças em 1ª instância. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Air France informou que não se manifesta a respeito das indenizações, que ficam a cargo da empresa contratada pela companhia.

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