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Brasil assina acordo comercial com Estados Unidos para reverter papel da China, mas acumula déficit

Brasil e Estados Unidos assinaram nesta segunda-feira (19) protocolos visando a facilitar o comércio bilateral. O verdadeiro objetivo estratégico é afastar a China da condição de principal parceiro comercial do Brasil e subordinar o país aos interesses dos Estados Unidos. Mas um informe da própria Amcham-Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) mostra que o Brasil acumula o maior déficit com os EUA dos últimos cinco ou seis anos.

Bolsonaro com Trump e Mike Pompeo com Ernesto Araújo (Foto: Isac Nóbrega/PR | Departamento de Estado/Ron Przysucha)
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247 - O Brasil e os Estados Unidos assinaram um pacote comercial nesta segunda-feira (19), que está sendo apresentado pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro como um bom resultado econômico do alinhamento do Brasil aos Estados Unidos.

A delegação estadunidense ao Brasil encabeçada por Robert O'Brien, conselheiro de segurança do presidente Donald Trump, além de se voltar para o banimento da gigante tecnológica chinesa do Brasil,  veio assinar três protocolos comerciais com a finalidade de transmitir a mensagem que o governo dos Estados Unidos está ajudando o Brasil e terá condições de neutralizar os efeitos negativos ao país do alinhamento a Trump contra a China. 

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Nesta segunda-feira (19), o DFC, banco público criado para apoiar objetivos geopolíticos dos EUA, anunciou financiamentos na ordem de US$ 984 milhões (cerca de R$ 5,4 bilhões) no Brasil.

As medidas incluem empréstimos ao Itaú e ao BTG Pactual para o apoio a pequenas e médias empresas.

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Reportagem da Folha de S.Paulo informa que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, participou virtualmente do evento Brazil Connect Summit, convocado para marcar a assinatura dos protocolos comerciais, o que dá uma indicação do peso estratégico que os Estados Unidos dão ao alinhamento do Brasil em sua campanha anti-ofensiva anti-China.

Pompeo alertou que os Estados Unidos e o Brasil precisam diminuir sua dependência de importações da China.

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"A razão que estamos aqui, mesmo numa campanha eleitoral avançada, é porque acreditamos que esta é uma relação estratégica global entre Brasil e os EUA", disse Robert O' Brien, após uma reunião na Fiesp, seu primeiro compromisso oficial no Brasil.

Os protocolos visam agilizar processos envolvidos nas trocas comerciais, em ações de desburocratização.

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Em um acordo não tarifário, Brasil e EUA se comprometeram com prazos mais curtos para trâmites de liberação de mercadorias, além de regras para garantir que estados e governos nacionais não criem regulamentações excessivas.

Também constam dos protocolos um dispositivo pelo qual ambos países se comprometem a consultar o setor privado antes de editar normas que impactam o comércio bilateral.

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Ainda fazem parte dos protocolos instruções para a publicação facilitada na internet das regras de importação-exportação dos dois governos.

O pacote comercial é assinado em um momento de baixa no comércio bilateral Brasil-Estados Unidos. Segundo a Amcham-Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil), o comércio entre os dois países registrou até setembro o pior resultado dos últimos 11 anos, com trocas que somaram US$ 33,4 bilhões (25,1% a menos do que o mesmo período do ano passado).

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A previsão da entidade é que o Brasil acumule o maior déficit com os EUA dos últimos cinco ou seis anos.

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