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Brasil lidera o ranking de mortes por arma de fogo no mundo

O Brasil foi o País que apresentou o maior número de óbitos por arma de fogo no mundo, somando 43.200 mortes, de acordo com um estudo que analisou o período entre 1990 e 2016; apesar do dado alarmante, especialistas asseguram que o Estatuto do Desarmamento, que regulamenta o uso de armas de fogo no País, evita um derramamento de sangue muito pior; sem a lei federal, as taxas de homicídios seriam 12% superiores às atuais; apesar das estatísticas, Bolsonaro anunciou neste sábado que vai facilitar a posse de armas

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247 - O Brasil foi o País que apresentou o maior número de mortes por arma de fogo no mundo. O país soma 43.200 mortes. Atrás do Brasil, vem os Estados Unidos, com 37.200 mortes. Apenas seis países das Américas comportam metade de todas as mortes por arma de fogo no mundo. Os dados fazem parte da Pesquisa Global de Mortalidade por Armas de Fogo (Global Mortality from firearms, 1990 - 2016) , do Instituto de métricas e avaliação em saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation). 

Entre o início dos anos 1980 e 2016, o percentual de homicídios no País cometidos com armas de fogo subiu de 40% para 71% do total.

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A amostragem revelou também que Brasil, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala são os países que juntos somam metade das mortes por arma de fogo de todo mundo. O número corresponde a um total de 126.990 mortes. 

O estudo indica ainda que as mortes relacionadas com armas no mundo todo superaram às provocadas por conflitos e terrorismo, a cada ano de 1990 a 2016, com a exceção de 1994, quando aconteceu o genocídio de Ruanda.

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Além disso, 87% das mortes totais no mundo (218.900) foram de homens, dos quais 34.700 tinham entre 20 e 24 anos.

Estatuto do desarmamento freia catástrofe maior 

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Em 2003, foi aprovada a Lei Federal do Estatuto do Desarmamento, sancionada pelo ex-presidente Lula. A lei proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde haja necessidade comprovada; nesses casos, haverá uma duração previamente determinada e sujeita o indivíduo à demonstração de sua necessidade em portá-la, com efetuação de registro e porte junto à Polícia Federal. 

Segundo o pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), David Marques, sem o estatuto do desarmamento, o Brasil poderia ter ainda mais homicídios do que os 43.200. 

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“Tem uma estimativa de que o Estatuto do Desarmamento, apesar de nunca ter sido implementado na sua completude, ainda assim conseguiu ser responsável por uma espécie de freio de contenção do crescimento dos homicídios”, afirmou à Agência Brasil. O pesquisador ainda acrescentou que, sem essa legislação, as taxas de homicídios seriam 12% superiores às atuais.

Em meio ao fogo aberto, Bolsonaro quer liberar armas 

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Apesar do cenário de mortes e de estudos apontarem o risco do uso indiscriminado das armas de fogo, o presidente eleito Jair Bolsonaro segue na contramão. 

Ele afirmou neste sábado (29) que pretende garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo a cidadãos sem antecedentes criminais.

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"Por decreto pretendemos garantir a posse de arma de fogo para o cidadão sem antecedentes criminais, bem como tornar seu registro definitivo", disse ele no Twitter.

A posse de armas é uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro, que também é a favor da pena de morte para bandidos. O futuro presidente ainda não deixou claro sobre quais mudanças pretende fazer no Estatuto do Desarmamento. A Polícia Federal é responsável por conceder autorizações para a posse de armas, tendo algumas condições, como idade a partir de 25 anos, não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal, não ter antecedentes criminais nas justiças Federal, Estadual (incluindo juizados), Militar e Eleitoral, e justificar a "efetiva necessidade" de ter uma arma.

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