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Brasil: país de obesos e remédios perigosos

Levantamento do Ministrio da Sade mostra que quase 50% dos brasileiros esto acima do peso; Ana Paula Braga, filha de Roberto Carlos, pode ter sido vtima dos emagrecedores; governo quer proibir vendas;laboratrios resistem

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Agência Brasil - Um levantamento divulgado nesta segunda-feira 18 pelo Ministério da Saúde mostra que quase metade (48,1%) da população brasileira adulta está acima do peso e que 15% dos brasileiros são obesos. Há cinco anos, a proporção era de 42,7% para excesso de peso e 11,4% para obesidade. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que mais da metade (52,1%) dos homens está acima do peso. Entre as mulheres, a taxa é de 44,3%. Em 2006, os índices eram de 47,2% e 38,5%, respectivamente.

De acordo com a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis, Deborah Malta, a grande preocupação da pasta é que o país tem registrado um aumento de quase 1% na proporção de pessoas com excesso de peso por ano, tanto entre homens quanto entre mulheres. No quesito obesidade, o aumento anual é de 0,5%.

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Os remédios para emagrecer e seus efeitos colaterais, informa Yuri Antigo, de Brasil 247, podem ter sido o principal motivo para a súbita morte de Ana Paula Braga, filha de Roberto Carlos, no sábado 16, por parada cardíaca. Aos 46 anos de idade, aparentemente saudável, ela teria enfrentado, nos últimos tempos, o que é conhecido como efeito sanfona – emagrecer e engordar alternadamente. Além disso, Ana Paula pode ter sofrido de bulimia, doença que leva a pessoa a ingerir grandes quantidades de alimento e, em seguida, lançar mão de métodos compensatórios, como o vômito. O assunto era pouco comentado em família. As informações são do colunista Odair Del Pozzo, do site Vírgula.

A venda de remédios para emagrecer tem sido motivo de um aceso e recente debate entre a sociedade e no governo. O Ministério da Saúde, por meio da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – anunciou em fevereiro deste ano a intenção de proibir a comercialização de medicamentos para emagrecer que utilizem as substâncias anfepramona, feproporex, mazindol e sibutramina. Esta última, uma vedete dos remédios de última geração. As substâncias apontadas pela Anvisa são capazes de afetar o sistema nervoso e podem provocar efeitos colaterais como depressão, arritmia, hipertensão e derrame. Na contramão da avaliação da entidade federal, a revista Veja, publicação da editora Abril, chegou a dedicar uma capa no mês de fevereiro para este assunto, na qual fez a defesa da manutenção da venda de todos os remédios para emagrecer. Essa opinião coincide com o posicionamento dos grandes laboratórios, que têm nos emagrecedores ou inibidores de apetite seus grandes blockbusters – os rótulos que vendem mais.

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Ana Paula Braga era filha biológica de Nice, primeira mulher de Roberto Carlos, mas o Rei a assumiu como se fosse dele. Profundamente emocionado, o cantor assistiu, no fim da tarde do sábado 16, em São Paulo, ao enterro dela.

MENOS FUMANTES - A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010) indica que o brasileiro está fumando menos, mas permanece sedentário e tem alimentação pouco saudável. O estudo também foi divulgado pelo Ministério da Saúde. De acordo com os dados, a proporção de fumantes na população caiu de 16,2% para 15,1% no período de 2006 a 2010, com redução entre os homens. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, enquanto as mulheres registraram um índice estável de 12,7%.

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O Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, admite que a queda na prevalência de fumantes no país é “lenta”. Segundo ele, a preocupação maior está no fato de que pessoas com menor escolaridade (até oito anos) fumam mais – 18,6% em relação às mais escolarizadas (12 anos ou mais). “Grande parte do êxito brasileiro se deve à propaganda, mas cremos que podemos ir mais além”, disse, ao se referir às imagens de uso obrigatório em maços de cigarro que alertam para os problemas associados ao tabaco. Em relação aos hábitos alimentares dos brasileiros, a pesquisa mostra que a população está consumindo menos feijão (importante fonte de ferro e fibras) e mais leite integral, além de carne com gordura aparente. O índice de adultos que consomem feijão pelo menos cinco dias da semana, por exemplo, passou de 71,9% em 2006 para 66,7% em 2010.

Outro fator considerado preocupante pela pasta trata do consumo da quantidade recomendada de frutas e hortaliças – cinco porções diárias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os alimentos, nessas proporções, são consumidos por apenas 18,2% da população.

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A Vigitel Brasil 2010 revela também que 14,2% dos adultos no país são sedentários e, portanto, não praticam nenhum tipo de atividade física durante o tempo livre, durante o deslocamento para o trabalho ou durante atividades como a limpeza da casa. Apenas 14,9% dos entrevistados declararam ser ativos em tempo livre.

Os dados indicam ainda que 30,2% dos homens e 26,5% das mulheres assistem à televisão mais de três vezes ao dia.

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Esta é a quinta edição da pesquisa, realizada desde 2006 por meio de entrevistas telefônicas com adultos (maiores de 18 anos). Em 2010, 54.339 pessoas foram ouvidas – cerca de 2 mil para cada capital brasileira.

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