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Brasil pode perder bilhões com embaixada em Jerusalém

A política externa ideologizada, conduzida pelo novo Itamaraty dirigido pelo chanceler Ernesto Araújo, pode levar o Brasil a perder bilhões de dólares, caso se concretize a promessa de Bolsonaro ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, de transferir a embaixada brasileira em Israel, hoje instalada na capital Tel Aviv, para Jerusalém; a Arábia Saudita já se manifestou junto à chancelaria brasileira, considerando 'preocupante' e 'desagradável' o plano de Bolsonaro de transferir a embaixada; os sauditas chegam a dizer que o Brasil pode com sua atitude influenciar outros países, o que constituiria fato 'alarmante'. Comercialmente, o país perderia, pois os 22 países da Liga Árabe poderiam restringir a entrada de produtos brasileiros em seus mercados

Brasil pode perder bilhões com embaixada em Jerusalém (Foto: ABr | Reuters)
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247 - A política externa ideologizada e com um giro de 180 graus à direita, conduzida pelo novo Itamaraty dirigido pelo chanceler Ernesto Araújo, pode levar o Brasil a perder bilhões de dólares, caso se concretize a promessa de Bolsonaro ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, de transferir a embaixada brasileira em Israel, hoje instalada na capital Tel Aviv, para Jerusalém. A Arábia Saudita já se manifestou junto à chancelaria brasileira, considerando 'preocupante' e 'desagradável' o plano de Bolsonaro de transferir a embaixada. Os sauditas chegam a dizer que o Brasil pode com sua atitude influenciar outros países, o que constituiria fato 'alarmante'. Comercialmente, o país perderia, pois os 22 países da Liga Árabe poderiam restringir a entrada de produtos brasileiros em seus mercados.

A mudança, que acompanha também uma decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, é uma ameaça concreta às exportações do Brasil ao mundo árabe e à possibilidade de que essa parceria comercial se aprofunde para agregar valor à pauta e estimular investimentos.

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Reportagem do jornalista Fernando Lopes, publicada nesta terça-feira (29) pelo jornal Valor Econômico destaca o alerta do egípcio Khaled Hanafi, secretário-geral da União das Câmaras Árabes de Comércio, que funciona como um braço econômico da Liga Árabe. Fundada em 1945, a liga é formada atualmente por 22 países, que importaram US$ 11,5 bilhões em produtos brasileiros em 2018, principalmente do setor de agronegócios.

"Hanafi fez questão de esclarecer - revela o jornal - que não fala em nome de governos e evita analisar politicamente as questões nas quais se envolve por suas consequências econômicas - caso da possível mudança da embaixada do Brasil em Israel. Mas deixou claro que sabe como ninguém os riscos embutidos em uma medida como essa, sobretudo se disseminada entre os consumidores finais dos países árabes".

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"Representamos a iniciativa privada dos 22 países árabes - ou seja, cerca de 75% do Produto Interno Bruto e percentual semelhante de empregos nesses países. E os empresários estão preocupados. Estávamos esperando um crescimento dos negócios entre o Brasil e o mundo árabe, mas esse assunto [a eventual mudança da embaixada] é muito crítico", afirmou ele.

"Hanafi lembrou, por exemplo, que divergências políticas costumam limitar o avanço de produtos e serviços de outros países nos mercados da Liga Árabe. Preferiu não nomear países e produtos, mas creditou a esse tipo de problema o fato de refrigerantes, bebidas e redes de fast food estrangeiros, por exemplo, terem encontrado dificuldades em se estabelecer nessa fronteira".

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