Brasil sediará encontro de militares aliados aos EUA para debater ataques ao Irã
A reunião, que ocorrerá no início de fevereiro, será usada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para pressionar lideranças internacionais em busca de apoio aos ataques ao Irã. O evento pode fazer com que o Brasil seja levado ao meio do conflito entre os dois países
247, com Revista Fórum - O Brasil sediará nos próximos dias 5 e 6 de fevereiro um encontro entre aliados militares dos Estados Unidos que será utilizado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para pressionar lideranças de outros países em busca de apoio aos ataques contra o Irã.
Sob o comando diplomático do olavista Ernesto Araújo, o governo Jair Bolsonaro está arrastando o Brasil para o centro da crise instalada após o ataque dos Estados Unidos que assassinou o general iraniano Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
Diplomatas que conversaram com o jornalista Jamil Chade, do UOL, e preferiram não se identificar, afirmaram que o posicionamento do Brasil diante do conflito entre EUA e Irã rompe com a tradição diplomática do país. “Ninguém respeita quem adota uma posição de lacaio. Em vez de defender os interesses do país, defendem os interesses americanos. Assim, nenhum país pode ser respeitado”, disse um embaixador.
Segundo o jornalista, oficialmente, a reunião faz parte do Processo de Varsóvia, para debater assuntos relacionados aos refugiados em todo o mundo, mas que a maioria dos países vêm no encontro que acontece no Brasil com o objetivo único de conter o Irã. Tanto que China, Rússia e França se recusaram a participar do processo.
Devem participar do encontro representantes de Israel, Afeganistão, Bahrein, Jordânia, Emirados Árabes e Arábia Saudita.
