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Brasil

Brasil vive "inferno furioso" com má gestão contra a covid-19, aponta Organização Mundial de Saúde

“Situação é muito, muito preocupante”, resumiu o epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) Bruce Aylward

Conselho Nacional de Saúde bate duro em Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)
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Por Gabriel Valery, da Rede Brasil Atual – Nas palavras do epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) Bruce Aylward, o colapso sanitário e hospitalar provocado pelo surto de covid no Brasil é um “inferno furioso”. A entidade voltou a cobrar o país, nesta sexta-feira (9), medidas sérias para conter a disseminação do vírus. “Situação é muito, muito preocupante”, resumiu o cientista (9). O alerta foi dado em mais um dia trágico da pandemia em território brasileiro. Foram registradas mais 3.693 mortes, totalizando 348.718 desde o início da pandemia, em março de 2020. Portanto, o país deve passar a marca das 350 mil vítimas da covid-19 ainda na manhã deste sábado. Os dados são obtidos pela RBA junto ao Conass, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Em dois dias desta semana, o Brasil superou as 4 mil mortes por covid num período de 24 horas. É o pior momento da pandemia, que se agrava diariamente. O país foi declarado epicentro da covid-19 no mundo no início de março, quando ultrapassou os Estados Unidos em número de mortos por dia. Unanimidade negativa, diferentes especialistas defendem que o cenário de calamidade ímpar no mundo tem relação com a gestão do presidente Jair Bolsonaro. Desde a chegada do novo coronavírus ao país, o presidente rejeita ações para proteger as pessoas. Mantém sua postura de minimizar a gravidade da doença, ridiculariza o uso de máscaras, propaga medicamentos ineficientes e chegou a disseminar desinformação sobre perigos inexistentes em vacinas.

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Fator Bolsonaro

Aylward reafirma a urgência de o Brasil adotar os protocolos definidos pela OMS desde o início da pandemia. Basicamente, isolamento social, com medidas básicas de higiene da mãos pela população, testagem em massa e rastreio de contágio. Soma-se a isso a necessidade de acelerar o processo de vacinação. “O crucial a se fazer nesse momento são os passos que sabemos que desaceleram esse vírus: rápida identificação de casos, isolamento imediato e quarentena de pessoas sob risco”, disse. Entretanto, Bolsonaro reafirma quase diariamente sua rejeição por medidas de isolamento que protejam os brasileiros. Além de jamais ter implantado uma política eficiente de testes.

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O resultado é claro. Além do número elevado de mortos por covid no Brasil, desde o fim do ano passado a transmissão da covid-19 está fora de controle no país. Ainda segundo o Conass, aas últimas 24 horas foram notificados 93.317 novos casos confirmados de contaminação, totalizando 13.373.174 brasileiros infectados desde o início do surto. O número é superior à média móvel dos últimos sete dias, que está na casa de 66 mil novos contágios diários. Isso, sem contar com ampla subnotificação, resultado da ausência de condução firme pelo governo. Os números seriam seguramente superiores, apontam entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Vacinação lenta

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Já em relação à vacinação, pouco mais de 10% dos brasileiros já recebeu uma primeira dose. Foram aplicadas 24.197.996 de doses, sendo que 80% delas é da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O ritmo da vacinação no Brasil está abaixo de países como Chile, Uruguai, Butão, Marrocos, Estônia, Eslovênia, Portugal, Itália, Chipre, Mongólia, Croácia, entre outros. Ao todo, 65 países já vacinaram percentuais mais elevados de suas populações que o Brasil de Bolsonaro. “O Uruguai já vacinou 22% da sua população, o Brasil apenas 11%. Isso sendo que aqui temos uma estrutura infinitamente superior no SUS. Vou esperar sentado, algum seguidor fanático de Bolsonaro, vir aqui explicar as razões deste ritmo tão medíocre da vacinação no nosso país”, provocou hoje o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), em seu perfil no Twitter.

Parâmetros

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A RBA utiliza informações fornecidas pelas secretarias estaduais, por meio do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Connas). Eventualmente, elas podem divergir do informado pelo consórcio da imprensa comercial. Isso em função do horário em que os dados são repassados pelos estados aos veículos. As divergências, para mais ou para menos, são sempre ajustadas após a atualização dos dados.

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