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Butantan responde à tentativa de confisco de Pazuello e diz que só entrega vacinas quando houver plano de uso

Sem que o governo federal apresente um plano de distribuição do imunizante, previsto no contrato, o Butantan informou que não tem como entregar as 6 milhões de doses da vacina chinesa

Instituto Butantan e CoronaVac (Foto: Marcos Santos/USP Imagens | Reuters)

247 - O Instituto Butantan respondeu na noite desta sexta-feira (15) ao Ministério da Saúde que não tem condições de entregar as 6 milhões de doses da Coronavac disponíveis para iniciar a vacinação contra a Covid-19, sem que o governo federal apresente um plano de distribuição do imunizante. 

Após receber da Índia a informação de que não pode disponibilizar as 2 milhões cuja compra o governo já havia anunciado, a pasta chefiada por Eduardo Pazuello enviou ofício ao Butantan dizendo que as vacinas teriam de ser entregues imediatamente, uma vez que foram adquiridas para o Plano Nacional de Imunização.

Na resposta ao Ministério da Saúde, o Butantan quer saber quantas doses da vacina ficarão em São Paulo. 

Além das 6 milhões de doses prontas para uso emergencial, há outras 4,5 milhões sendo processadas. Pelo contrato assinado, elas são do Ministério da Saúde, mas apenas depois de observadas algumas condições. A primeira é que o contrato prevê um plano, e ele não existe. E a segunda é que o governo federal ainda não pagou por esse primeiro lote de 6 milhões de vacinas.