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Campanha com famosos quer mudar lei das drogas no País

Atores irão aparecer em comerciais encenando histórias de dependentes químicos; iniciativa "Lei de Drogas: É Preciso Mudar" quer enviar ao Congresso um milhão de assinaturas para criar um projeto de lei que altere a atual legislação

Campanha com famosos quer mudar lei das drogas no País (Foto: Divulgação)
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247 – Artistas globais estão mais uma vez reunidos para estimular uma discussão  no País, desta vez voltada para a descriminalização das drogas. A iniciativa "Lei de Drogas: É Preciso Mudar" será veiculada nos meios de comunicação e tem como objetivo alterar a atual política de drogas (lei 11.343/2006) para uma que seja mais eficaz na forma de se combater o problema, tornando mais claras e objetivas as distinções entre usuário e traficante. O projeto principal é reunir um milhão de assinaturas, que serão enviadas ao Congresso em forma de projeto de lei. A última reunião de famosos por uma causa teve a posição contrária da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e contou com a participação de cerca de dez atores.

A campanha é uma parceria entre a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD), a ONG Viva Rio, a Associação Nacional dos Defensores Públicos e órgãos do setor de saúde, como a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz, e foi lançada nesta segunda-feira 9 na capital fluminense. Para provocar o debate sobre o tema, os atores Luana Piovani, Luís Melo e Isabel Fillardis, entre outros, são vistos em imagens em preto e branco segurando uma placa com a frase "É justo isso?". Nos comerciais, os artistas encenam histórias de dependentes químicos que foram presos como traficantes, de acordo com a atual legislação. Os casos são todos baseados em fatos reais.

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"A nossa campanha parte da constatação de que, apesar de todos os esforços que vêm sendo feito no Brasil, sobretudo pelas policiais de todo o País, poucos resultados foram obtidos em termos de redução do padrão de consumo e da criminalidade. A quantidade de prisões aumenta de forma intensa e a gente não vê avanços na política que vem sendo implementada", disse à Agência Brasil o diretor da ONG Viva Rio, Rubem César Fernandes.

Fernandes disse que numa primeira etapa, a campanha vai procurar mostrar uma série de injustiças que são cometidas a pretexto de se combater o consumo de drogas entre a população. "A nossa proposta é mudar a lei e adotar uma política mais eficaz e mais justa". Em sua segunda fase, que deverá ter início em agosto, a campanha – que terá prazo de duração de quase um ano – adotará uma postura mais propositiva. "Estaremos encaminhando várias propostas sobre o problema das drogas para que os diversos setores da sociedade ligados ao tema possam debater a questão", informou.

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Na terceira etapa, quando os responsáveis pela campanha acreditam que já tenham recolhido um milhão de assinaturas, será encaminhada ao Congresso um projeto para mudar a atual Lei de Drogas, descriminalizando-a. "A lei atual que trata das drogas tem suas falhas. Ela não define, não esclarece, por exemplo, a diferença entre o traficante e o usuário. Portanto, entre o criminoso e o usuário. É um problema [as drogas] que em todo o mundo está ligado diretamente a toda uma cultura jovem [que envolve também os novos filhos e netos] e, por ser considerada crime, acaba criando dificuldade de se lidar com o problema", disse.

"A ideia é romper esse medo de discutir o assunto e ter soluções para os problemas da droga à altura da tragédia que vivenciamos hoje", disse o ex-Secretário Nacional de Justiça e co-autor do projeto, Pedro Abramovay. Dados divulgados pela inciativa apontam que o número de presos por tráfico no Brasil dobrou desde que a política de drogas no País entrou em vigor, em 2006.

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