Celso de Mello também condena cúpula do Banco Rural
Celso de Mello acompanha maioria e condena Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, ex-dirigentes do Banco Rural: "Análise clínica dos autos convence que se formou na cúpula do Banco Rural um grupo criminoso com o propósito de obter vantagem ilícita consistente"
247 - O quadro já estava definido quando o ministro Celso de Mello iniciou seu voto sobre o núcleo financeiro da Ação Penal 470. Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, todos ex-dirigentes do Banco Rural, já reuniam votos de condenação, manifestados pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Já Ayanna Tenório, ex-vice-presidente do banco, já estava absolvida pela maioria. Ele reforçou esse quadro.
Seguindo a maioria dos pares, Celso de Mello também condenou Kátia Rabello e José Roberto Salgado. Para o ministro, a conduta de Kátia e de Salgado desprezou medidas essenciais para a boa gestão do Banco Rural e em razão de "projeto criminoso". Além disso, Celso de Mello disse entender Vinicius Samarane como co-autor. "Cada co-autor tem a sorte do fato total em suas mãos através do conhecimento de um projeto criminoso", disse.
Grupo criminoso
"Análise clínica dos autos convence que se formou na cúpula do Banco Rural um grupo criminoso com o propósito de obter vantagem ilícita consistente", disse o decano da Corte. "Os autos evidenciam a adesão dos réus Katia Rabello e José Roberto Salgado para o projeto de perpetuação de outros delitos", completou.
A exemplo da maioria dos colegas, Celso de Mello disse que os diretores do Banco Rural usaram "artifícios" para burlar as regras do Banco Central com objetivo de realizar fraudes. "A situação de risco da concessão dos empréstimos era tão alarmante que era necessário o voto da diretoria do Banco Rural e de vários diretores", disse o ministro.
Ataques velados
Durante o voto de Celso de Mello, o relator do processo, Joaquim Barbosa, reclamou que, durante os sete anos de tramitação da Ação Penal 470, foi vítima de "ataque velados e de covardes". Para destacar a conduta de Barbosa, que não teria se acovardado diante dos ataques, Celso de Mello citou Rui Barbosa: "O bom ladrão salvou-se na cruz. Mas não há salvação possível para juíz covarde".
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