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Chefe da Polícia Federal no Amazonas compara "boiada" de Ricardo Salles a “organização criminosa"

O superintendente da Polícia Federal do estado do Amazonas disse que não vai permitir que Ricardo Salles passe sua boiada na Amazônia

Chefe da Polícia Federal no Amazonas compara "boiada" de Ricardo Salles a “organização criminosa" (Foto: Agência Brasil)

247 - Alexandre Saraiva, superintendente da Polícia Federal no Amazonas, disse em entrevista publicada nesta segunda-feira (5), que é a primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente se posicionar contra ação para proteger a Amazônia. “É o mesmo que um ministro do Trabalho se manifestar contrariamente a uma operação contra o trabalho escravo”, afirma.

Em rota de colisão com o ministro bolsonarista do Meio Ambiente, Saraiva diz que as empresas investigadas por ações que danificam a Amazônia não podem nem ser chamadas de empresas. “Trata-se de uma organização criminosa.”

Saraiva declara que tudo que foi apreendido desde dezembro do ano passado, mais de 200 mil metros cúbicos de madeira, é produto de ação criminosa. Ele afirma também que as empresas até agora não apresentaram documentos requisitados pela PF. A declaração foi feita em reação a críticas a ele formuladas por Salles, que acusou a PF de ter cometido erros na investigação contra essas empresas. 

O superintendente da PF foi enfático: "Na Polícia Federal não vai passar boiada”, diz, usando termo utilizado por Salles em reunião ministerial do ano passado.

Leia a íntegra da entrevista na Folha de S.Paulo.