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    Chico Anysio abre o jogo

    Na primeira entrevista aps a longa internao,o maior humorista brasileirorevela: "Estive beira da morte trs vezes, mas sobrevivi"

    247 - Recuperado depois de 110 dias de internação em estado grave, Chico Anysio comentou o longo período que passou no hospital: “Estive à beira da morte três vezes, mas sobrevivi”, disse em entrevista ao jornal O Dia, do Rio de Janeiro. Confira os principais trechos da entrevista.

    Lição: “Não somos nada! Qualquer coisinha derruba a gente. Estive à beira da morte três vezes, fui desenganado, mas sobrevivi”.

    Pior momento: "Os 85 dias internado na UTI sem poder beber água. Isso foi terrível! Eu dava um braço por um copo d’água!”

    Esperança: "Tinha certeza da minha recuperação. Sabia que depois das três quase mortes eu estaria curado. Não sabia que dia era, o mês, a semana... Não sabia nada! Sou muito protegido, porque não senti nenhuma dor. Mas foi horrível, porque não tem dor pior do que o CTI”.

    A volta para casa: “Pedi um copo d’água bem gelado, depois comi uma rabada. Estou comendo de tudo desde que cheguei do hospital. Já comi feijoada, feijão tropeiro...”.

    Recuperação: "Estou totalmente recuperado graças ao belo trabalho das fonoaudiólogas. Recuperei meu grave e um pouco do metal da minha voz. Só me falta aprender a andar de novo. Acho que daqui a um mês já estarei andando."

    "Estou reaprendendo a falar. Estou aprendendo tudo de novo. Como eu disse no começo, não somos coisa nenhuma. Um cisco no olho derruba um ser humano”.

    Nova vida: “Só tenho mais quatro vidas. Os gatos não têm sete? Então, só me restam quatro (risos)”.

    Arrependimento: "Só me arrependo de ter fumado...”

    O sonho de Chico Anysio

    Dois anos atrás, Chico Anysio falou em "morte" pela primeira vez, numa entrevista concedida ao jornalista Leonardo Attuch, da Istoé e do Brasil 247. Naquele momento, ele já enfrentava sérios problemas de saúde - tinha apenas 4% de capacidade pulmonar e vinha fazendo um trabalho de reabilitação.

    No depoimento, Chico disse que, depois dos 80, havia apenas dois caminhos para o homem: apegar-se a Deus ou, simplesmente, não acreditar. E ele dizia fazer parte do segundo grupo - o que mudou depois de sua longa internação.

    Chico disse que ainda tinha um sonho não realizado na televisão brasileira. Ele gostaria que a Globo criasse um quadro chamado "Vale a pena rir de novo", logo após as novelas exibidas como "Vale a pena ver de novo".

    "Todos os brasileiros com mais de 14 anos me conhecem", disse ele, naquela entrevista. "Os outros não sabem quem eu sou". Chico lamentava o longo ostracismo que viveu na televisão brasileira, depois da ascensão de um outro tipo de humor, mais escrachado e menos refinado, liderado pela turma do Casseta & Planeta.

    Chico também demonstrava estar ciente de sua importância para a cultura nacional. "Estou entre aqueles que mais fizeram o brasileiro sorrir", dizia. "Jogo no time do Pelé, do Roberto Carlos..."

    Saúde, Chico.

     

     

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