Cidades que atualizaram dados para excluir eleitores mortos têm abstenção menor
Além da insatisfação política, o alto nível de abstenção nestas eleições também pode estar ligado à desatualização dos cadastros dos eleitores; os dados, compilados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), confirmam a suspeita de que o alto índice de abstenção em boa parte das cidades pode ter sido inflado por eleitores que já morreram ou que se mudaram de cidade, mas ainda constam como aptos a votar naquele lugar; o índice de ausentes nas que fizeram o recadastramento foi de 16%, em média, no segundo turno; nas demais, ele chegou a 24,58%
247 - Além da insatisfação política, o alto nível de abstenção nestas eleições também pode estar ligado à desatualização dos cadastros dos eleitores. A abstenção de eleitores em cidades que completaram o recadastramento eleitoral antes das eleições foi bem menor do que naquelas em que ele não foi realizado, diz a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. O índice de ausentes nas primeiras foi de 16%, em média, no segundo turno. Nas demais, ele chegou a 24,58%.
"Os dados, compilados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), confirmam a suspeita de que o alto índice de abstenção em boa parte das cidades pode ter sido inflado por eleitores que já morreram ou que se mudaram de cidade, mas ainda constam como aptos a votar naquele lugar. Quando há recadastramento, eles são eliminados da lista e o índice de abstenção cai.
As capitais que bateram recordes de abstenção têm em comum o fato de não terem completado o recadastramento. No Rio de Janeiro, onde ele alcançou só 3,44% dos eleitores, os "ausentes" chegaram a 26,8%. Em Porto Alegre, com 5,81% de recadastrados, a abstenção bateu nos 25,26%. Em Belo Horizonte, com 14,63% de recadastrados, chegou a 22,7%.
Há poucas exceções ao que parece ser uma regra: Goiânia e Porto Velho recadastraram 99% dos eleitores e tiveram alto índice de ausentes, de 24% e 23,3%, respectivamente."
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