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Ciro vê apoiadores defenderem "voto útil" e faz acenos a mineração em terras indígenas

Presidenciável enfrenta resistência de apoiadores que pregam “voto útil” em Lula no primeiro turno

Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes (Foto: REUTERS/Carla Carniel)

Brasil de fato - O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a defender mineração em terra indígena durante visita feita à cidade de Belém (PA) na sexta-feira (16). O registro foi feito pelo site Amazônia Real, segundo o qual o pedetista defendeu a prática ao citar o caso dos indígenas Cinta Larga, comunidade localizada em Rondônia onde há um projeto de mineração de diamantes.

“Há uma discussão que não está pacificada no meu projeto sobre a viabilidade de terras indígenas explorarem, pelas próprias comunidades indígenas, ocorrências minerais”, disse Ciro, ao propor um esquema em que haveria uma “estatal” que consideraria a opinião dos indígenas como palavra final nesse tipo de decisão sobre “como se pode fazer sustentavelmente, em benefício da renda dessas comunidades e apenas se elas quiserem que assim seja”.

O tema é um dos mais polêmicos na agenda ambiental do país, que enfrenta um contexto de avanço do agronegócio especialmente por conta da monocultura, da criação massiva de gado e do garimpo ilegal em territórios de povos tradicionais. A mineração nessas áreas é duramente criticada, por exemplo, pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que defende uma agenda de garantia de direitos para esse segmento da população, com destaque para a demarcação de terras.

A declaração de Ciro sobre o assunto reedita declarações já dadas pelo candidato em outros momentos. Durante uma transmissão virtual ocorrida nos últimos dias em seu canal no Youtube, por exemplo, o pedetista defendeu a pauta.

“A exploração de recursos minerais pode ser liberada em terras indígenas? Depende. Qual é a dependência? A dependência é o seguinte, a dependência é: se as comunidades indígenas, e isso eu conheço por dentro, quiserem, a gente pode fazer de forma sustentável, com uma estatal controlada pela comunidade indígena”, entoou.

Leia a reportagem completa no Brasil de Fato.

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