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Brasil

CNI: Maioria dos brasileiros recorre ao comércio informal

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 75% dos participantes admitiram que compram de ambulantes ou lojas informais; outros 71% informaram que adquirem produtos piratas ou imitações de marcas famosas, seja sempre, às vezes ou raramente; feita pelo Ibope, pesquisa entrevistou 15.414 pessoas em 727 municípios brasileiros

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 75% dos participantes admitiram que compram de ambulantes ou lojas informais; outros 71% informaram que adquirem produtos piratas ou imitações de marcas famosas, seja sempre, às vezes ou raramente; feita pelo Ibope, pesquisa entrevistou 15.414 pessoas em 727 municípios brasileiros (Foto: Aquiles Lins)
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Mariana Branco, da Agência Brasil - A maior parte dos brasileiros compra no comércio informal ou adquire produtos falsificados com alguma frequência. É o que mostram os dados de uma pesquisa do Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 75% dos participantes admitiram que compram de ambulantes ou lojas informais, e 71% informaram que adquirem produtos piratas ou imitações de marcas famosas, seja sempre, às vezes ou raramente. Os que nunca compram de comércios informais são 24%, e os que nunca adquirem falsificações, 28%.

Entre os que adquirem produtos de ambulantes ou estabelecimentos informais, 13% compram sempre, 37% às vezes e 25% raramente. Já entre os consumidores que compram produtos piratas ou imitações de marcas famosas, seja no comércio formal ou informal, 13% compram sempre, 34% às vezes e 24% raramente. A pesquisa entrevistou 15.414 pessoas em 727 municípios brasileiros.

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O economista Renato da Fonseca, gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, admite que o percentual de brasileiros que recorre ao mercado informal é elevado. "Parte [do motivo] certamente é pela questão de preços. E também, principalmente no caso dos produtos piratas, porque a maioria dos consumidores não percebe as consequências negativas".

De acordo com Fonseca, ao copiar os produtos originais, o mercado pirata diminui a capacidade de a economia ser criativa, crescer e gerar empregos. Além disso, na avaliação do economista, esse tipo de mercado não paga impostos, praticando uma concorrência desleal. "[O consumidor desse mercado] Ainda desestimula o trabalho formal, reduzindo os ganhos também dos trabalhadores", ressaltou.

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Romildo Araújo da Silva, professor do curso de ciências contábeis do Centro Universitário de Brasília (Uniceub), também avalia que a opção pelo mercado informal ou por adquirir um produto falsificado ocorre em função dos preços reduzidos. Mas ele lembra que a sensação de que a transação foi vantajosa por ter custado menos é ilusória, pois a compra informal não tem garantias.

"O consumidor assume os riscos da aquisição, e são muitos. Ausência de nota fiscal, de controle de qualidade. Não tem como trocar, fazer um conserto. O mercado informal não é regulado pelo CDC [Código de Defesa do Consumidor]. Quem compra um produto pirata não faz denúncia ao Procon".

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O professor lembra que há possibilidade não apenas de o produto ser de qualidade inferior, mas de trazer riscos. "O brinquedo, por exemplo, pode soltar tintas, ter peças pequenas. Outra coisa relevante é a questão de sustentabilidade, consumo de energia. Os produtos que têm a questão de eficiência energética são os produtos originais", observa Romildo.

Para ele, além da conscientização dos brasileiros, o aumento da competitividade dos itens originais ajudaria a combater a informalidade e a pirataria. "Você só aumenta [a competitividade] com eficiência da indústria, redução do custo operacional das empresas. [Outra forma de combater é] Também com a formalização do trabalho".

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Renato da Fonseca também defende a redução de custos para a indústria, incluindo a carga tributária. Segundo ele, algumas vezes o consumidor que adquire o produto pirata não tem outras opções acessíveis. "Ou compra um produto de baixa qualidade ou fica sem. O consumidor de baixa renda que vai comprar um brinquedo para o filho, por exemplo". Fonseca ressalta ainda que é preciso diferenciar o comércio popular regularizado do mercado de vendas informais e de produtos falsificados.

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