Coach de concursos: entenda como foi a demissão de agentes da PF
O caso teve início no começo de 2024 e, de acordo com os próprios agentes, foi marcado por sucessivas contradições
247 - A demissão dos agentes da Polícia Federal Pedro Henrique Cooke de Alencar Lins, de 32 anos, e Bruno Horn, de 37, tornou-se o capítulo final de um processo administrativo que se estendeu por quase dois anos e passou pela avaliação de três comissões distintas. A apuração foi revelada originalmente pelo portal Metrópoles.
O caso teve início no começo de 2024 e, de acordo com os próprios agentes, foi marcado por sucessivas contradições. Ambos afirmam que, mesmo com o processo em andamento, continuaram recebendo autorizações renovadas para exercer atividades de magistério, o que, para eles, torna incoerente a decisão final da PF. “Nunca tivemos problemas com o órgão. Entretanto, de uma hora para outra, passaram a considerar que não era mais magistério”, afirmou Cooke, que integra a corporação desde 2018 e já atuou em áreas sensíveis, como combate ao tráfico de drogas e investigações de corrupção.
Além de ministrar aulas sobre técnicas de estudo e rotinas de preparação para concursos públicos, Bruno Horn participava de atividades on-line voltadas à aprendizagem e organização de estudos. Ambos insistem que o envolvimento deles estava restrito ao conteúdo ministrado, enquanto a administração completa do curso cabia a outros sócios. Segundo os agentes, a decisão da PF desconsidera depoimentos e documentos capazes de demonstrar que a atuação deles se enquadrava na atividade de magistério previamente autorizada.
A Polícia Federal informou que não irá comentar o caso. Enquanto isso, a defesa de ambos os demitidos afirma que seguirá reunindo documentos, pareceres e testemunhos para buscar a reintegração.
