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Reforma que impõe idade mínima de 65 para homens e 62 para mulheres avança na Câmara

Comissão Especial da reforma da Previdência aprovou nesta quinta-feira, 4, o relatório apresentado pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) por 36 votos a favor e 13 contrários; para ser aprovada, ela precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação

(Foto: Foto: Agência Câmara)
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Reuters - Parlamentares favoráveis à reforma da Previdência conseguiram aprovar na comissão especial da Câmara o texto principal da proposta e ainda rejeitaram destaques controversos que previam flexibilização de regras para policiais e professores, mas as polêmicas prometem ressurgir no plenário e provocar novos embates.

A comissão ainda discutia, na noite desta quinta-feira, destaques à Proposta de Emenda à Constituição (PEC), e o presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), garantiu que colocaria todos os pedidos de alteração ao texto em votação ainda nesta reunião.

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Com isso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), previu em uma publicação no Twitter as discussões sobre a reforma no plenário da Casa possam ser iniciadas na terça-feira, para votar a proposta na sequência.

“Vamos encerrar hoje a votação dos destaques na comissão para já na terça-feira iniciarmos os debates e votarmos a reforma na próxima semana”, disse Maia em seu perfil no Twitter.

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“A Câmara deu hoje um importante passo. Essa foi a nossa primeira vitória e, a partir da próxima semana, vamos trabalhar para aprovar o texto em plenário, com muito diálogo, ouvindo todos os nossos deputados, construindo maioria”, acrescentou.

Maia —que promete há tempos votar a reforma no plenário antes do recesso parlamentar, que começa dia 18— já adiantou esperar um quórum elevado para a próxima semana, para garantir uma situação de “conforto” à votação e evitar uma derrota em plenário. O presidente da Câmara considera que 495 deputados presentes seja um bom patamar.

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Como se trata de uma PEC, para ser aprovada ela precisa dos votos de pelo menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação.  Ainda que a PEC tenha concluído uma parte importante de sua tramitação com a votação do texto-base e a esperada análise dos destaques na comissão nesta quinta, a proposta não deve ter vida fácil no plenário.

POLICIAIS

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Os dois primeiros destaques analisados pela comissão tratavam justamente de regras mais brandas para a aposentadoria de profissionais da segurança pública, um dos temas que mais trouxe polêmica nos últimos dias.

A pressão pela aprovação de emendas sobre o assunto foi tamanha que até mesmo o presidente Jair Bolsonaro entrou na negociação e chegou a procurar deputados, inclusive o presidente da Câmara.

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Assim que deputados rejeitaram os destaques —em que a oposição encaminhou “sim” e o governo encaminhou “não”—, representantes da categoria presentes no plenário protestaram contra o resultado e gritaram que o PSL, partido de Bolsonaro, “traiu a polícia do Brasil” e também usaram palavra de ordem afirmando que o presidente é “traidor”.

Depois, ao derrotarem destaque que tentava retirar os professores do texto da PEC, parlamentares favoráveis à reforma ouviram a oposição em coro gritar “essa comissão é contra a educação”.

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Um destaque, no entanto, que retirou do texto artigo que determinava a equiparação de policiais e bombeiros militares às Forças Armadas em algumas regras, foi aprovado por acordo geral na comissão.

Para o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o dia foi de vitórias. Segundo ele, o governo tem consciência e humildade que ainda há muito trabalho pela frente para garantir os 308 votos necessários no plenário, mas a margem obtida na votação do texto principal na comissão —36 a 13—  foi “extraordinária”.  “Bem maior do que a gente imaginava”, disse.

Na mesma linha, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que o Executivo em nenhum momento considerou já ter os 308 votos. Considerou, no entanto, o resultado expressivo e disse esperar que o apoio conferido à matéria no colegiado se reflita também no plenário.

Apontou ainda que mais de 20 partidos acompanharam o governo na votação e que o placar obtido na comissão foi superior aos três quintos de votos que se precisa obter para que o texto seja aprovado no plenário.

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