Com visto de turista, Bolsonaro participa de evento dos "conservadores" nos EUA e cita navios do Irã para atacar Lula
Bolsonaro tenta surfar na crítica feita pelo EUA ao Brasil por autorizar a embarcação iraniana a ancorar nas águas brasileiras
247 - Jair Bolsonaro (PL) participou de um evento de extrema direita em Washington, nos Estados Unidos, neste sábado (4). Ele disse que se ainda fosse presidente, “não teríamos problema” com os navios de guerra do Irã que tiveram autorização para atracar no Rio de Janeiro.
Bolsonaro tenta surfar na crítica feita pelo EUA ao Brasil por autorizar a embarcação iraniana a ancorar nas águas brasileiras. O Irã está na lista do Departamento de Estado americano de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
“Somos um país de paz. Se eu fosse presidente, não teríamos esse problema agora com os navios iranianos”, disse Bolsonaro.
A Marinha do Brasil autorizou a visita de dois navios de guerra do Irã ao porto do Rio de Janeiro. A autorização era para que eles ficassem atracados no local entre os dias 26 de fevereiro e 4 de março.
Países vizinhos, como Argentina, Chile e Uruguai, haviam rejeitado o pedido iraniano para que os navios atracassem em seus portos.
No evento, a Conservative Political Action Conference (CPAC), a principal atração é o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. No discurso, Bolsonaro disse ter tido relacionamento “simplesmente excepcional” com Trump e disse que é o "ex-presidente mais amado do Brasil.
Bolsonaro voltou a atacar a esquerda e acusar o PSol pelo atentado que diz que sofreu.
“Quase ninguém acreditava que eu poderia ter sucesso. Fomos crescendo, a esquerda viu que eu era o alvo difícil de ser abatido e um esquerdista, filiado a um partido de esquerda, PSol, deu uma facada em mim em setembro de 2018. Com toda certeza, eu sou o ex mais amado do Brasil. Mesmo no leito de morte e muita fé, ganhamos as eleições”, disse.