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Brasil

Compra de sistema de espionagem teve confronto entre Carlos Bolsonaro e Santos Cruz

Foco do atrito foi a montagem de uma licitação, ainda no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, para a compra do software de espionagem israelense Pegasus para o Centro Integrado de Operações de Fronteira

(Foto: Reprodução)
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247 - A tentativa de compra do sistema de espionagem israelense Pegasus pela Lava Jato também revelou os bastidores do confronto entre integrantes da ala militar, como o então ministro da Secretaria de Governo, general Carlos dos Santos Cruz, o ministro da Justiça Sergio Moro e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O foco da discórdia foi a montagem de uma licitação, ainda no primeiro ano do mandato do ex-capitão, para a compra do software para o Centro Integrado de Operações de Fronteira, aponta reportagem do jornalista Jamil Chade, no UOL. 

Batizado de “Fusion Center”, o modelo integrado de  forças de segurança era inspirado nos moldes adotados pelos Estados Unidos e seria implantado em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, no Paraná. A instalação, contudo, ainda não foi viabilizada. “A intenção era concluir ambas as licitações, para a criação do centro de controle e para a aquisição de uma ferramenta de inteligência, até 2020, mas diversos atrasos impediram que Moro concluísse o objetivo até a data de sua exoneração em 24 de abril de 2020”, ressalta Chade no texto da reportagem.

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A compra do sistema  Pegasus, porém, não era bem vista por membros da ala militar, como o então ministro da Secretaria de Governo. O edital de licitação contou com dois processos distintos, um em 2020 e outro em 2021. O primeiro aconteceu ainda quando Moro chefiava a pasta da Justiça. A empresa fornecedora do Pegasus desistiu de participar do pregão após reportagens revelarem a participação do vereador Carlos Bolsonaro na negociação.

Os militares, na época, preferiam um sistema oferecido pela empresa Verint, que em 2020 passou a se chamar Cognyte. “A  proposta da Verint de R$ 11.2 milhões apresentada no dia 13 de março ao ministério é assinada pelo gerente de contas da empresa representante no Brasil, Caio dos Santos Cruz, filho do então ministro Santos Cruz”, destaca a reportagem. “A proposta, porém, continha uma carta assinada no dia 20 de março de 2019 (um ano antes) por Mishel Ben Baruch, diretor do Ministério da Defesa de Israel e endereçada ao ministro Sergio Moro”, completa o texto.

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Em junho de 2019, após o celular de Moro ser alvo de um ataque hacker - que resultou na realização da Operação Spoofing -, sete generais discutiram o assunto durante uma reunião do alto comando do Exército. Na ocasião, Santos Cruz teria criticado o software isralense. Ainda segundo a reportage, “após saber da reunião dos militares, Carlos Bolsonaro articulou a exoneração do então ministro. Sete dias depois, a demissão do general Santos Cruz foi publicada no Diário Oficial da União.

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