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Brasil

Comunidades amazônicas são ameaçadas por madeireiros

Extrativistas que vivem em reservas legais no municpio de Lbrea, sudeste do Estado, tm recebido ameaas e sofrido espancamentos de madeireiros e grileiros que querem suas terras; a Anistia Internacional emitiu alerta sobre a crise

Comunidades amazônicas são ameaçadas por madeireiros (Foto: Odair Leal/Folhapress)
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Cláudio Julio Tognolli _247 – Pequenas comunidades que vivem do extrativismo em reservas legalmente reconhecidas no sul do município de Lábrea, no sudeste do estado do Amazonas, têm estado na mira de madeireiros e grileiros. Os líderes dessas comunidades têm sido vítimas de espancamentos, ameaças, ataques incendiários e roubo de propriedade, na tentativa de forçá-los sair de suas terras. Muitos fugiram da região temendo por suas vidas.

Depois de ter denunciado a situação, Dinhana Nink foi morta a tiros na frente de seu filho em uma cidade vizinha ao estado de Rondônia, para onde ela havia se mudado depois que sua casa no sul de Lábrea foi incendiada. Sua amiga Nilcilene Miguel de Lima, líder comunitária que tinha tornado pública a invasão de exploradores ilegais de madeira nas reservas, foi espancada e ameaçada com uma arma, e teve sua casa incendiada enquanto estava fora.

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Desde outubro de 2011, Nilcilene Miguel de Lima está sob proteção armada providenciada pelas autoridades federais. Mas as ameaças continuaram. Em março de 2012, ela recebeu uma mensagem retransmitida por membros da comunidade, dizendo que "seu colete à prova de balas pode proteger seu corpo, mas não sua cabeça". No início de abril ela foi forçada a sair de Lábrea, com a ajuda do governo federal, após evidências de que havia um plano para matá-la e também aos seus guardas policiais, em uma emboscada. Ela é uma das duas únicas pessoas em Lábrea, a quem o governo federal concedeu proteção por policiais armados, por períodos de três meses. No entanto, sem a presença da polícia local na área, as ONGs afirmam que poucas ou nenhumas investigações sobre as atividades ilegais destes grupos criminosos estão sendo conduzidas. Pelo menos seis pessoas foram mortas na região desde 2007, além disso, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirma ter recebido relatos de pelo menos oito pessoas recebendo ameaças de morte em 2011.

A maior entidade de direitos humanos do planeta, a Anistia Internacional, com sede em Londres, emitiu nesta quarta-feira, para todo o mundo, um alerta sobre a crise. Confira:

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“Por favor, escreva imediatamente em português ou em seu idioma:

- Apelando às autoridades para que tomem medidas imediatas para garantir a segurança de todos os que vivem em reservas extrativistas no sul do município de Lábrea, assegurando-lhes inclusive, segurança pública de forma permanente;

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- Instando-os a investigar as ameaças e perseguições direcionadas aqueles que vivem nessas reservas, que os resultados destas investigações sejam tornados públicos e os responsáveis levados à Justiça; Exortando-os com urgência para enfocar o problema das atividades ilegais de exploração madeireira e grilagens sistemáticas na região, e para reafirmar o status legal das comunidades extrativistas e garantir a segurança de seus moradores.

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