Condenado, João Paulo Cunha ajudou a aposentar Peluso
No comando da CCJ, o deputado petista sentou sobre um projeto que elevaria para 75 anos a aposentadoria compulsória de servidores como os ministros do STF
247 – “Nenhum juiz verdadeiramente digno condena ninguém por ódio. O magistrado condena, em primeiro lugar, por exigência da Justiça; em segundo, por reverência à lei”. Assim falou o ministro Cezar Peluso, antes de anunciar seu voto pela condenação de João Paulo Cunha, para quem pediu pena de prisão de seis anos, em regime fechado.
Nesta segunda-feira, já aposentado, Peluso não participará mais do julgamento da Ação Penal 470. E isso se deve, em parte, a João Paulo Cunha. Em 2011, depois de tomar posse novamente como deputado federal, Cunha foi eleito para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Na CCJ, sentou sobre um projeto de lei que elevaria de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de servidores públicos, como os ministros do STF. Peluso, certamente, não pretendia se aposentar agora, assim como Carlos Ayres Britto, que sai em novembro.
Não se sabe se o destino de João Paulo Cunha seria diferente se tivesse apostado numa eventual composição. Provavelmente, não. Mas o fato é que ele contribuiu para a aposentadoria de seu algoz.
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