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Brasil apresenta proposta de cessar-fogo e corredor humanitário em Gaza

Proposta do governo brasileiro apresentada na ONU condena os "ataques terroristas", cita textualmente o Hamas e defende uma área para que civis sejam resgatados

Reunião do Conselho de Segurança da ONU (Foto: REUTERS/Carlo Allegri)
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247 com Ansa - O governo brasileiro apresentou uma proposta de resolução alternativa no Conselho de Segurança da ONU, na qual sugere a criação de um corredor humanitário em Gaza e um cessar-fogo para permitir o atendimento de civis na região.

A informação foi divulgada neste sábado (14) pelo colunista do portal UOL Jamil Chade. Segundo a publicação, a medida é uma alternativa ao plano apresentado pelo governo russo, cuja proposta também tinha como objetivo criar uma área para que civis fossem resgatados, mas não citava o Hamas e nem condenava o grupo fundamentalista islâmico. Para os governos americano, britânico e aliados ocidentais, não tem como aprovar a resolução desta forma. Por sua vez, o governo de Vladimir Putin não aceitou abrir uma negociação.

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Diante do impasse, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a dianteira e apresentou um texto próprio para beneficiar a população civil e atende os interesses das nações ocidentais. Ainda de acordo com o jornalista do UOL, a versão preliminar do texto brasileiro condena os "ataques terroristas" e cita textualmente o Hamas, além de ressaltar a necessidade de libertar os reféns israelenses que foram sequestrados pelo Hamas e levados para Gaza.

A guerra entre Hamas e Israel entrou no oitavo dia neste sábado e já deixou cerca de 3,5 mil mortos entre israelenses e palestinos. Em Gaza, o Unicef informou que mais de 700 crianças morreram. Até o momento, o governo de Lula confirmou a morte de três brasileiros que estavam em Israel.

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O presidente Lula telefonou neste sábado (14) para seu homólogo da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, líder do povo palestino, na tentativa de buscar apoio para a retirada de civis brasileiros da Faixa de Gaza. Em nota, o governo explicou que o petista lembrou o reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil e expressou preocupação com os civis na região e o bloqueio da ajuda humanitária. Além disso, Lula condenou os ataques terroristas contra os cidadãos em Israel no último fim de semana e reforçou a importância de um corredor humanitário e da libertação imediata de todos os reféns mantidos pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas.

Segundo o comunicado, o presidente brasileiro enfatizou ainda que os inocentes em Gaza não devem pagar o preço da insanidade daqueles que querem a guerra, acrescentou a nota. "Ambos reafirmaram a importância da busca por uma solução pacífica e pela paz para a região", concluiu o texto.

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A conversa entre os líderes acontece no dia em que os 16 brasileiros que estavam ao norte de Gaza, alojados em uma escola, conseguiram ser transferidos para uma área mais segura, longe de bombardeios, em Khan Yunis, próximo da fronteira com o Egito. Agora, as autoridades brasileiras articulam com o governo egípcio, palestino e israelense o cruzamento em segurança da fronteira entre Gaza e o Egito.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, convocou uma cúpula extraordinária por videoconferência com os líderes dos países da UE na próxima terça-feira (17) para discutir a guerra deflagrada entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas. "É da maior importância que o Conselho Europeu, em linha com os tratados e os nossos valores, defina a nossa posição comum e estabeleça uma linha de ação clara e unida que reflita a complexidade da situação em curso" em Israel, escreveu ele na carta enviada aos países-membros do bloco neste sábado (14).

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Segundo Michel, "as cenas trágicas que estão ocorrendo na Faixa de Gaza devido ao cerco e à falta de bens de primeira necessidade, combinadas com a destruição causada pelos significativos bombardeios, estão fazendo soar o alarme na comunidade internacional". Michel concluiu que nunca se deve "perder de vista a importância de procurar uma paz duradoura e sustentável baseada em uma solução de dois Estados através de esforços revigorados no processo de paz no Oriente Médio".

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