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Brasil

Coronel Naime diz à CPI do 8/1 que "quase foi agredido" por soldado do GSI de Bolsonaro

O PM Jorge Naime declarou que os líderes dos ataques do dia 12 de dezembro não estavam acampados no QG do Exército, mas sim hospedados no setor hoteleiro da capital federal

Ex-chefe do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Jorge Eduardo Naime depõe à CPI dos Atos Golpistas (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
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247 - O coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento à CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro nesta segunda-feira (26). Naime era comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) e está preso devido à suspeita de negligência em sua atuação nos atos golpistas.

Naime relatou à CPI que um soldado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) chegou perto de o agredir em dezembro do ano passado. O militar disse que tentou se aproximar de manifestantes bolsonaristas que se concentravam no Palácio da Alvorada, mas foi impedido pela pasta, que na época respondia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Naime disse que agentes da Polícia Militar o informavam sobre reuniões feitas pelo acampamento bolsonarista, que foi instalado no Quartel General do Exército, em Brasília, e pregava um golpe contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu me desloquei pessoalmente para o Palácio da Alvorada, para eu poder ver o ânimus daquele grupo, já era depois do dia 12 (de dezembro). Eu me desloquei para ver o que estava acontecendo e acessei a área que todas as pessoas estavam acessando. Estava devidamente fardado, com viatura caracterizada, acompanhado de um patrulheiro. Fui impedido pelo GSI de entrar, um soldado do GSI chegou quase a me agredir, tocou em mim, bateu no meu peito. Já veio de imediato uma equipe do GSI acompanhada de vários manifestantes, que proferiram várias palavras de baixo calão contra minha pessoa", afirmou.

O PM declarou que os líderes dos ataques do dia 12 de dezembro não estavam acampados no QG do Exército, mas sim hospedados no setor hoteleiro da capital federal, que se encontra próximo à sede da Polícia Federal, alvo dos manifestantes. "Quem participou diretamente desses ataques do dia 12 estavam hospedados no setor hoteleiro, eles não estavam no acampamento, um quantitativo muito pequeno estava no acampamento", afirmou coronel Naime. "Tanto que no dia seguinte o comandante-geral (da PM do DF) e o secretário de Segurança foram chamados para uma reunião com os donos dos hotéis, que estavam preocupados com esse vandalismo, e vários deles chamaram o comandante-geral no canto, pelo que chegou ao meu conhecimento foi colocada inteligência nesses hotéis. Eles se reuniam no café da manhã nesses hotéis, planejavam o dia nesses hotéis, não iam nem no acampamento", acrescentou. 

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O militar da PM-DF também afirmou à Comissão de Inquérito que era de conhecimento dos setores de inteligência que no acampamento bolsonarista de Brasília havia diversas incitações por um golpe de estado. "O que eu tenho de informações é que existiam, dentro desse acampamento, várias pessoas que subiam em carro de som, que faziam incitações e chamamentos [para uma invasão golpista]. E isso tudo era monitorado por toda a inteligência que estava ali, tanto do Exército, quanto a inteligência do próprio GSI e da PM. Mas a gente tinha nossas ações limitadas ali naquele território".

Durante o dia, o coronel obteve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para permanecer em silêncio em relação a questões que podem levá-lo à autoincriminação. Ele também apresentou um atestado de depressão, buscando ser dispensado de comparecimento à comissão. No entanto, a secretaria do colegiado solicitou uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal. (*Com informações do Globo)

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 Assista ao depoimento do coronel Naime:

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