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Brasil

Covardia em Aracruz

Prefeitura do municpio entrou com ao para desocupar 1,6 mil moradores de terreno em Barra do Riacho (ES). Batalho da PM avana contra homens, mulheres e crianas com bombas de gs lacrimognio e balas de borracha

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247, com informações da Folha de Vitória - Desde quarta-feira (18), o cenário é de guerra em Aracruz, no Espírito Santo. Cerca de 400 policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar realizam uma operação para retirar os cerca de 1,6 mil ocupantes de uma área irregular em Barra do Riacho, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo. A área, que chegou a ser batizada pelos moradores como bairro Nova Esperança, será utilizada para a construção de 200 casas do Programa Minha Casa Minha Vida. As obras, segundo a prefeitura, devem ter início ainda este ano.

Mas para construir casas para a população carente, o governo municipal ordenou que PMs forçassem a retirada dos 1600 habitantes, que não tinham para onde ir, e invadiram o terreno abandonado há cerca de um ano e dois meses. Ali, construíram, por iniciativa própria, cerca de 300 casas de alvenaria, com 30 e 40 metros quadrados cada. Na quarta-feira, a Polícia Militar chegou à área com helicópteros, cavalos, cães farejadores e tratores forçando a retirada dos os moradores, que fecharam a entrada do bairro com barricadas de pneus. De nada adiantou, a polícia intimidou os moradores lançando bombas de efeito moral para acuar as famílias, que revidavam com foguetes. Por terra, os soldados do choque começaram a avançar sobre homens, mulheres e crianças, sem distinção. Alguns moradores passaram mal, outros ficaram feridos e tiveram de ser socorridos.

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A prefeitura havia conseguido um mandado judicial de reintegração de posse da área pública há cerca de seis meses. No entanto, os moradores alegam que não haviam recebido nenhuma ação de despejo e nunca foram procurados pela administração municipal para negociar. Eles afirmam que, como a construção das casas do Programa Minha Casa Minha Vida ainda não havia tido início no local, resolveram ocupar o terreno, há cerca de um ano. Os ocupantes não aceitavam deixar o local. Segundo eles, com a aproximação da polícia, era disparado um alarme sonoro e pessoas soltavam fogos de artifício para alertar e mobilizar toda a população local. Além disso, foram feitas barricadas nos acessos. Agora 1.600 pessoas estão novamente desabrigadas, a maioria não sabe para onde ir. A polícia permanece no local.

Veja as cenas da desocupação:
http://www.folhavitoria.com.br/videos/2011/05/tumulto-1.html

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