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Brasil

Cresce pressão pela demissão de Ernesto Araújo, que transformou o Itamaraty em trincheira da direita

A pressão para a substituição do chanceler Ernesto Araújo se intensifica. O ministro das Relações Exteriores não compareceu a uma cerimônia online de entrega de duas toneladas de materiais de combate ao coronavírus doadas pelo embaixador chinês Yang Wanming ao Brasil, na última quinta-feira. O chefe do Itamaraty tem desagradado até mesmo a políticos aliados e a integrantes do próprio governo.

O ministro das Relações Exteriores,Ernesto Araújo (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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247 - O Itamaraty, ao invés de promover a diplomacia, danifica ainda mais a imagem do Brasil. O presidente da Frente Parlamentar Brasil-China, deputado Fausto Pinato (PP-SP), não perdoou a falta de Araújo no encontro organizado há dois meses. O chanceler foi representado pelo diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador Ruy Pereira. “Apareceram três diplomatas. Um representando o Itamaraty; outro, o Ministério da Saúde e um terceiro, a Vice-Presidência. O senhor Ernesto Araújo não foi”, contou Pinato, que participou da videoconferência. “Esse cara vai quebrar o País. A Europa e até Israel já o criticaram. Estamos sendo mal vistos na questão do meio ambiente e ele não tenta ajudar. Tem que buscar investimentos fora, botar esses embaixadores para trabalhar, mas ele só fica preso na parte ideológica.”

Ernesto Araújo se envolveu em março em uma polêmica com o próprio embaixador chinês, ao exigir retratação do embaixador, que publicou texto rebatendo declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Wanming escreveu que o filho de Jair Bolsonaro tinha contraído “vírus mental” ao voltar de Miami, nos Estados Unidos.

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O Itamaraty briga também com outro país asiático.  Desde que recebeu as credenciais do presidente no Palácio do Planalto, em 6 de abril, o embaixador do Irã no Brasil, Hossein Gharibi, já teve videoconferências com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o vice-presidente, Hamilton Mourão. Ainda não pediu encontro com Ernesto Araújo, devido à sintonia do chanceler com o olavismo-trumpismo.

Nos bastidores, o vice-presidente Hamilton Mourão e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, são vistos como chanceleres paralelos. Tanto é assim que a ministra da Agricultura procurou o embaixador chinês na quarta-feira, assumindo uma interlocução direta para resolver o problema de frigoríficos que tiveram a venda suspensa para a China, informa o Estadão.

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A pressão para a substituição do chanceler não é de hoje, mas se intensificou com a demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. A avaliação de parlamentares e da ala mais moderada do governo, que vê seu trabalho prejudicado pelas ações do Itamaraty, é que seria o momento oportuno para Bolsonaro se livrar dos representantes do olavismo.

Ciente da ameaça ao seu cargo, o chanceler solicitou a todas as chefias do Itamaraty, em caráter de urgência, a prestação de contas de sua gestão.

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