Crime sem solução

Fernando Porfírio_247 – Três anos após o desaparecimento da engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco, de 24 anos, a Justiça do Rio de Janeiro declarou a morte presumida da vítima. A decisão é da juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca, que atendeu pedido do pai de Patrícia, Antônio Celso de Franco.

Patrícia retornava para casa na madrugada do dia 14 de junho de 2008. Ela teve seu carro atingido por projéteis de arma de fogo, perdendo o controle do veículo, que mergulhou no canal à entrada da Barra da Tijuca. Seu corpo não foi encontrado.

O Ministério Público denunciou quatro policiais militares como responsáveis pela morte da engenheira. Os PMs teriam atirado no carro da vítima que perdeu o controle do veículo e caiu no canal. Eles são acusados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O processo corre na 1ª Vara do Júri.

Os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão, Willian Luis do Nascimento, Fábio da Silveira Santana e Márcio Oliveira dos Santos são acusados da morte e ocultação do corpo da jovem. O inquérito militar concluiu pela absolvição dos policiais.

Para a juíza Flávia de Almeida, as declarações juntadas no processo não deixam resquício de dúvida de que Patrícia possuía vínculos muito estreitos com seus familiares e amigos. Além disso, as fotos do carro da engenheira e do local onde foi encontrado apontam que a jovem não poderia ter saído viva do veículo.

“Por todo o exposto, a única dúvida que permanece com relação a esta tragédia é saber onde se encontra o corpo de Patrícia, visto que o óbito é indiscutível. Caberá a justiça criminal, sendo tal possível, localizar o corpo de delito”, disse a juíza na sentença.