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Crise do Amapá deve inviabilizar privatização da Eletrobrás no Congresso

O incidente com a subestação privada, que deveria garantir a ligação do Amapá a todo o sistema integrado nacional, deve servir como um argumento no Congresso para os que tentam bloquear o plano do governo de vender a estatal Eletrobrás

Incêndio atinge subestação de energia durante chuva na Zona Norte de Macapá, deixando mais de 15 municípios sem energia elétrica (Foto: Reuters | Reprodução)

247 - A privatização da Eletrobras, projeto que se arrasta há meses no Congresso por forte resistência de parlamentares ganhou maior resistência com o apagão que já dura mais de uma semana no Amapá e gera uma onda de protestos. 

Segundo reportagem do jornal O Globo, o incidente, que envolve uma empresa privada, deve servir como um argumento palpável no Congresso para os que tentam bloquear o plano do governo de vender a estatal do setor elétrico, avaliam integrantes do governo e líderes políticos.

A reportagem também indica que um dos argumentos dos críticos à privatização é o das falhas na fiscalização e as dificuldades de a empresa privada responsável pela subestação de trocar transformadores estão tendo que ser supridas pelo governo e pela Eletronorte, subsidiária da Eletrobras. O Ministério do Desenvolvimento Regional liberou recursos para aluguel de geradores.

Reservadamente, membros da equipe econômica têm certeza de que o episódio será utilizado contra a privatização. 

A deputada Federal Perpétua Almeida usou suas redes sociais para rechaçar a privatização: 



Onda de protestos 

No oitavo dia de apagão, aanifestantes reunidos na noite de terça-feira (10) pediam a regularidade do fornecimento de eletricidade, que atende com falhas em sistema de rodízio, ligado por até 6 horas de maneira alternada. O governo federal prevê que a distribuição volte a 100% até o fim desta semana, mas o prazo judicial obriga uma solução até esta quinta (12).