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      CUT nega apoio ao ajuste fiscal e pressiona Dilma

      Presidente da entidade, Vagner Freitas, convoca sindicatos e trabalhadores de todos os segmentos para um ato no Planalto amanhã a fim de pressionar a presidente a sancionar o sistema 85/95 para a aposentadoria, no lugar do fator previdenciário; matéria deve ser analisada na quarta-feira; sanção presidencial, além do veto ao PL 4330, que amplia a terceirização, foram condições impostas para que a CUT apoiasse o ajuste de Joaquim Levy; nesta tarde, os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, vão apresentar às centrais uma proposta alternativa às mudanças no fator previdenciário; para a CUT, governo já "vem acenando com o veto"; no Congresso do PT, Dilma fez um apelo para que o partido apoiasse as medidas do ajuste

      Presidente da entidade, Vagner Freitas, convoca sindicatos e trabalhadores de todos os segmentos para um ato no Planalto amanhã a fim de pressionar a presidente a sancionar o sistema 85/95 para a aposentadoria, no lugar do fator previdenciário; matéria deve ser analisada na quarta-feira; sanção presidencial, além do veto ao PL 4330, que amplia a terceirização, foram condições impostas para que a CUT apoiasse o ajuste de Joaquim Levy; nesta tarde, os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, vão apresentar às centrais uma proposta alternativa às mudanças no fator previdenciário; para a CUT, governo já "vem acenando com o veto"; no Congresso do PT, Dilma fez um apelo para que o partido apoiasse as medidas do ajuste (Foto: Gisele Federicce)
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      247 – O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, rechaçou apoio da entidade ao ajuste fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Os trabalhadores não podem dar apoio a uma política econômica em que eles não têm aumento de salário", afirmou o líder sindical.

      Na noite de quinta-feira 11, na abertura do Congresso do PT, em Salvador, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio do partido ao governo na aprovação das medidas. Na ocasião, sindicalistas ergueram uma faixa com a frase "Fora plano Levy".

      Antes do 5º Congresso, os sindicalistas também assinaram um manifesto com críticas à política econômica do governo e disse que o Partido dos Trabalhadores estava imerso em uma "profunda crise" (leia aqui).

      Freitas condicionou o apoio ao ajuste a duas ações da presidente. "A presidenta precisa fazer duas coisas importantes para ter o apoio que ela solicitou da área petista do movimento sindical. Vetar o PL 4330 (projeto de lei da terceirização) e sancionar o 85/95 (que altera o fator previdenciário). Com estas duas medidas ela vai ter nosso apoio irrestrito", assegurou.

      A maior central sindical do País convoca sindicatos e trabalhadores de todos os segmentos para um ato no Palácio do Planalto, às 17h desta terça-feira 16, a fim de pressionar a presidente para a sanção da fórmula 85/95 para a aposentadoria, contra o que a CUT chama de "nefasto fator previdenciário".

      Na tarde desta segunda-feira 15, representantes da CUT e das principais centrais sindicais do País se reunirão com os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, que deverão apresentar uma proposta alternativa às mudanças no fator previdenciário.

      A CUT informa que, no encontro, reafirmará sua posição pela sanção da fórmula 85/95 e afirma que o governo "vem acenando com o veto da proposta, alegando que a implantação do novo cálculo afetará as contas públicas, desequilibrando a Previdência".

      Leia abaixo reportagem da Agência Brasil sobre a reunião:

      Governo apresenta a centrais sindicais opção de mudança no fator previdenciário

      Luana Lourenço* - Os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, vão apresentar hoje (15) às centrais sindicais a alternativa do governo às mudanças no fator previdenciário feitas pelo Congresso Nacional durante a votação da Medida Provisória (MP) 664. A ideia é negociar uma proposta alternativa antes de quarta-feira (17), quando vence o prazo para sanção ou veto pela presidenta Dilma Rousseff. A sugestão do governo vai levar em conta a evolução demográfica do país e o aumento da expectativa de vida da população brasileira.

      Os parlamentares incluíram no texto da MP uma alternativa ao fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias. A chamada fórmula 85/95 estabelece que, para se aposentar recebendo os proventos integralmente (obedecido o teto de R$ 4.663,75 da Previdência Social), os trabalhadores têm que somar o tempo de contribuição e a idade até atingir a marca de 85, para as mulheres, e 95 para os homens.

      Na prática, a fórmula 85/95 permite que os trabalhadores se aposentem mais cedo do que pelo cálculo do fator previdenciário. Pelo fator, quanto mais cedo o beneficiário se aposenta, menor o benefício. O governo argumenta que a fórmula aprovada pelo Congresso compromete a sustentabilidade da Previdência, principalmente no longo prazo.

      Ontem (15), Gabas, Rossetto e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, se reuniram por quase três horas, no Palácio do Planalto, para fechar a proposta que será repassada hoje às centrais. A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, não participam do encontro.

      Para a reunião desta segunda-feira, foram convidados representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).

      O assunto também está na pauta da reunião de coordenação política, comandada por Dilma nesta manhã, com 12 ministros. Além de Gabas, Mercadante e Rossetto, participam os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; de Minas e Energia, Eduardo Braga; da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha; das Cidades, Gilberto Kassab; da Defesa, Jaques Wagner; da Fazenda, Joaquim Levy; da Justiça, José Eduardo Cardozo; do Planejamento, Nelson Barbosa; e das Comunicações, Ricardo Berzoini; além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS); e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).

      *Colaborou Mariana Jungmann

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